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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Pensamento Político e Social em Santo Agostinho - Filosofia e Teologia em Foco.

Pensamento Político e Social em Santo Agostinho

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Aurélio Agostinho destaca-se entre os padres como Tomás de Aquino se destaca entre os Escolásticos. E como Tomás de Aquino se inspira na filosofia de Aristóteles, e será o maior vulto da filosofia metafísica cristã, Agostinho inspira-se em Platão, ou melhor, no neoplatonismo. Agostinho, pela profundidade do seu sentir e pelo seu gênio compreensivo, fundiu em si mesmo o caráter especulativo da patrística grega com o caráter prático da patrística latina, ainda que os problemas que fundamentalmente o preocupam sejam sempre os problemas práticos e morais: o mal, a liberdade, a graça, a predestinação.

Agostinho considera a filosofia praticamente, platonicamente, como solucionadora do problema da vida, ao qual só o cristianismo pode dar uma solução integral. Todo o seu interesse central está portanto, circunscrito aos problemas de Deus e da alma, visto serem os mais importantes e os mais imediatos para a solução integral do problema da vida.

Possivelmente, o mais destacado pensador cristão da Patrística e de toda a primeira fase da Idade Média foi Santo Agostinho. Sua obra reproduz uma síntese admirável da cultura clássica antiga com o legado judaico-cristão através da interpretação pauliniana. Além disso, na sua juventude, antes de sua conversão ao Cristianismo (relatada em suas Confissões), recebeu influências do neoplatonismo (Plotino), do ceticismo e do maniqueísmo, revelando-se, ao longo de sua vasta produção (acima de 200 cartas, mais de 500 sermões e 113 tratados), um profundo e eloqüente filósofo-teólogo.

A filosofia de Platão e os ensinamentos de Paulo foram decisivos para a estruturação filosófica de sua doutrina teológica. Suas principais idéias se tornaram repositório inesgotável que serviu de orientação filosófica e espiritual para todo o pensamento cristão (doutrinas da predestinação e da salvação), quer entre pensadores católicos, quer entre autores protestantes. Seus trabalhos mais conhecidos e de forte presença em todo o pensamento medieval foram: As Confissões e A Cidade de Deus.

Em suas célebres Confissões, Santo Agostinho narra a trajetória de sua infância, juventude, maturidade, formação intelectual, relações com a progenitora Mônica e fundamentalmente sua conversão e autopenitência diante das seduções, devassidões e incertezas do mundo pagão.

Em seu livro maior, A Cidade de Deus, escrito entre 412 e 427, procura defender o cristianismo da acusação feita pelos pagãos de ter sido responsável, ao abandonar a proteção dos deuses antigos, pela tomada e saque de Roma (410), feita por Alarico. Santo Agostinho argumenta que a fragilidade e a desgraça do Império Romano frente aos godos se devia muito mais à dissolução dos costumes sociais e ao culto do politeísmo.

Como é notório, Agostinho trata do problema da história na Cidade de Deus, e resolve-o ainda com os conceitos de criação, de pecado original e de Redenção. A Cidade de Deus representa, talvez, o maior monumento da antigüidade cristã e, certamente, a obra prima de Agostinho. Nesta obra é contida a metafísica original do cristianismo, que é uma visão orgânica e inteligível da história humana.

O conceito de criação é indispensável para o conceito de providência, que é o governo divino do mundo; este conceito de providência é, por sua vez, necessário, a fim de que a história seja suscetível de racionalidade. O conceito de providência era impossível no pensamento clássico, por causa do basilar dualismo metafísico. Entretanto, para entender realmente, plenamente, o plano da história, é mister a Redenção, graças aos quais é explicado o enigma da existência do mal no mundo e a sua função.

Cristo tornara-se o centro sobrenatural da história: o seu reino, a cidade de Deus, é representada pelo povo de Israel antes da sua vinda sobre a terra, e pela Igreja depois de seu advento. Contra este cidade se ergue a cidade terrena, mundana, satânica, que será absolutamente separada e eternamente punida nos fins dos tempos.

Agostinho distingue em três grandes seções a história antes de Cristo. A primeira concerne à história das duas cidades, após o pecado original, até que ficaram confundidas em um único caos humano, e chega até a Abraão, época em que começou a separação. Na Segunda descreve Agostinho a história da cidade de Deus, recolhida e configurada em Israel, de Abraão até Cristo. A terceira retoma, em separado, a narrativa do ponto em que começa a história da Cidade de Deus separada, isto é, desde Abraão, para tratar paralela e separadamente da Cidade do mundo, que culmina no império romano.

Esta história, pois, fragmentária e dividida, onde parece que Satanás e o mal têm o seu reino, representa, no fundo, uma unidade e um progresso. É o progresso para Cristo, sempre mais claramente, conscientemente e divinamente esperado e profetizado em Israel; e profetizado também, a seu modo, pelos povos pagãos, que, consciente ou inconscientemente, lhe preparavam diretamente o caminho.

Depois de Cristo cessa a divisão política entre as duas cidades; elas se confundem como nos primeiros tempos da humanidade, com a diferença, porém, de que já não é mais união caótica, mas configurada na unidade da Igreja. Esta não é limitada por nenhuma divisão política, mas supera todas as sociedades políticas na universal unidade dos homens e na unidade dos homens com Deus.

A Igreja, pois, é acessível, invisivelmente, também às almas de boa vontade que, exteriormente, dela não podem participar. A Igreja transcende, ainda, os confins do mundo terreno, além do qual está a pátria verdadeira. Entretanto, visto que todos, predestinados e ímpios, se encontram empiricamente confundidos na Igreja - ainda que só na unidade dialética das duas cidades, para o triunfo da Cidade de Deus - a divisão definitiva, eterna, absoluta, justíssima, realizar-se-á nos fins dos tempos, depois da morte, depois do juízo universal, no paraíso e no inferno. É uma grande visão unitária da história, não é uma visão filosófica, mas teológica: é uma teologia, não uma filosofia da história.

A reflexão proposta pelo Bispo de Hipona em sua mais significativa obra é a de que a história humana tem percorrido um eterno dualismo entre a cidade de Deus (Civitas Dei, Civitas coelestis), fundada por Abel e integrada por entes libertos do pecado, em peregrinação ao céu e muito próximos do ser divino, e a cidade terrena (por vezes chamada de civitas diaboli), formada por homens descendentes de Caim, marcados pelo pecado, que não vivem na fé, comungam com os valores e exigências do mundo pagão.

Assim, está presente no pensamento agustiniano o dualismo maniqueísta da cidade celestial que, corporificada pela Igreja, se ocupará dos interesses espirituais e reinará soberana sobre seus inimigos, e da cidade civil identificada com o Estado temporal que se encarregará das coisas materiais.
As duas cidades existem, lado a lado, e continuarão até o final dos tempos, quando então a cidade de Deus subsistirá para constituir a eternidade dos santos. Não obstante, tal distinção social entre as duas cidades que partilham a existência humana entre si fica bem expressa quando ele divide a humanidade em dois grandes grupos: um, o dos que vivem segundo o homem; o outro, o daqueles que vivem segundo Deus.

Misticamente, damos aos dois grupos o nome de cidades, que é o mesmo que dizer sociedades de homens. Uma delas está predestinada a reinar eternamente com Deus; a outra, a sofrer eterno suplício com o diabo.”

Em outra passagem, Agostinho descreve as duas modalidades de amor que edificaram as cidades: “(...) o amor-próprio, que leva ao desprezo por Deus, fez a cidade terrena; o amor a Deus, que leva ao desprezo por si próprio, erigiu a cidade celestial”.

Ainda que Agostinho não tenha sido um teórico ou filósofo da política, sua obra oferece ricos subsídios para a interpretação sobre as relações entre Estado e Igreja, os fundamentos da lei natural e da lei positiva, a questão da legitimidade do poder dos governantes, a formulação cristã da idéia de justiça, de sociedade, de religião e a discussão acerca do significado da guerra justa. Portanto, as idéias agustinianas de matiz política devem ser buscadas numa leitura atenta da eloqüente, determinista e apologética “A Cidade de Deus”.

Certamente, essa notável obra do século V, que aglutina teologia, filosofia, história e política, e se revela “ardente e grandiosa”, no dizer de Jean Touchard, “não expõe propriamente uma doutrina; toda ela é recheada de sentimentos contraditórios; representa acima de tudo a meditação apaixonada de um adepto do cristianismo, romano pela cultura, que, ante o desmoronamento de um império agonizante, se sente dilacerado entre a desorientação, o desejo de enfrentar as contingências imediatas e a certeza profunda de que tal derrocada irá originar algo de eterno. Esta meditação acerca da história universal encontrou um duradouro eco, mas deformante, em toda a Idade Média. Serviu para alicerçar um conceito social que, (...) programatizará a absorção do Direito do Estado pelo da Igreja.”

Desse modo, a teologia política agostiniana traça os marcos iniciais de uma doutrina do Estado e fornece os elementos teóricos para a justificação política da Igreja ocidental. Não só o Estado apresenta limites que a Igreja não conhece, como só poderá integrar-se à Cidade de Deus subordinando-se à Igreja em todos os assuntos ou gestões espirituais.

A respeito das considerações de Santo Agostinho sobre lei natural e lei positiva, convém lembrar que são retomadas a tradição da Antigüidade clássica (os sofistas, Sêneca e Cícero) e as interpretações dos primeiros autores cristãos (São Paulo, Clemente de Alexandria, Orígenes, Tertuliano, Lactâncio e São Jerônimo).

Superando o panteísmo greco-romano e a pouca sistematicidade de seus predecessores da Patrística, o Bispo de Hipona, elabora uma doutrina unitária e coesa que permite harmonizar o cristianismo com as idéias de lei eterna, natural e humana. Desse modo, a lei primeira é a lei eterna que expressa a “razão divina e a vontade de Deus”. Já a lei natural que se manifesta na consciência, não é senão “a participação da criatura racional na ordem divina do universo (...). A lei eterna, que tem Deus por autor e se manifesta na intimidade da consciência humana como lei ética natural, é o fundamento das leis humanas ou temporais, de tal sorte, nada nessas e justo e legítimo, que não derive daquela. Em uma palavra: o Direito positivo se baseia no Direito natural, que a sua vez é um aspecto da lei eterna.”

O Direito não se fundamenta pura e simples na natureza humana (como se propunha na Antigüidade), pois a natureza, sendo cingida pelo pecado, faz com que a legitimidade da legalidade temporal seja buscada numa ordem divina do mundo.

Tendo presente o “pessimismo antropológico” de Santo Agostinho, compreendem-se suas idéias sobre lei, justiça, governo, sociedade, religião e guerra justa. Naturalmente, a concepção de justiça verdadeira só se efetiva no âmbito do cristianismo, vivenciado pelas práticas do amor e da caridade. Na reinterpretação do conceito, Agostinho assinala que a justiça “resulta numa qualidade que abrange devoção. Crer, venerar e adorar a Deus e dar à sua Igreja o lugar que lhe compete na comunidade, tudo isso está agora incluído no conceito de Justiça”.

O “agustinismo político” engendrado na Cidade de Deus defende uma concepção teocrática de poder, em que a Igreja Cristã tem toda a legitimidade de jurisdição sobre a Sociedade política. Por conseguinte, a autoridade que exerce o poder terreno só será perfeita se for um governante cristão. No contexto de uma mundialidade marcada pelo pecado, qualquer que seja a forma de ser do governo, este deverá contribuir na “tarefa espiritual de ajudar a Igreja na sua luta contra a maldade inata do homem, por meio de ordens e castigos”. Por fim, outro aspecto da filosofia política de Santo Agostinho é sua conhecida doutrina da guerra justa entre impérios e repúblicas. Justifica-se, assim, a utilização das armas e da guerra quando for a última possibilidade para a autoridade legítima enfrentar a injustiça e castigar os inimigos externos.


                                        
                                      Psicologia Pastoral



 
 Por Jhony Ribeiro 

Cordialmente,
                                

O Príncipe de Maquiavel - Filosofia e Teologia em Foco.

       O Príncipe de Maquiavel

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 1. Introdução

Nicolau Maquiavel, nasceu em Florença a 3 de maio de 1469. Desempenhou cargos públicos, até ao de 2o Chanceler da República. César Borgia, filho do papa Alexandre VI, o inspirou na criação de O príncipe. Em 1513, Maquiavel é acusado de sedição, torturado e preso. No exílio encontrou condições para escrever O príncipe. Faleceu em 21 de junho de 1527. O homem a quem ele dedicou a obra, Lourenço II, Casa de Médicis, pouca importância deu ao presente.

2. Descrição do Assunto

A obra trata de formas de governo e posicionamento do príncipe perante conquistas e alianças políticas. Maquiavel dirá que todos os Estados, todos os domínios que tem havidos e que há sobre os homens foram e são repúblicas ou principados. Defende que o príncipe deve ter um comportamento que se faça saber que ele esta no comando, tendo assim, que tomar atitudes condizentes com o seu status. Não obstante, aconselha que o governo terá melhor efeito, quando efetuado com mãos de ferro. O príncipe não poderá, em hipótese alguma, demonstrar fraqueza, nem ao povo, que deverá amá-lo ou teme-lo, nem aos liderados e ao exercito, que semelhantemente, não deverá questionar suas ações, e sim, obedecê-las.


3. Apreciação Crítica

A respeito dos principados mistos, diz Maquiavel, a dificuldade consiste nos principados novos. Os homens mudam de boa vontade de senhor, e esta crença os faz tomar armas contra o senhor atual. Segundo Maquiavel, são teus inimigos todos aqueles que se sentem ofendidos pelo fato de ocupares o principado; e também não podes conservar como amigos aqueles que te puseram ali, pois estes não podem ser satisfeitos como pensavam. Diz que não se pode usar contra eles remédios fortes, obrigado que estás para com eles, pois mesmo que sejas fortíssimo nos exércitos, necessitas regras: primeiro, fazer extinguir o sangue do antigo príncipe; segundo, não alterar as leis nem os impostos. De tal modo, num prazo muito breve, ter-se-á feito a união ao antigo Estado.

Maquiavel orienta que quando se conquista uma província de língua, costumes e leis diferentes, começam então as dificuldades. Um dos meios mais eficazes é ir o príncipe habitá-la. Assim, terão maiores razões de amá-lo, se é o caso, ou teme-lo. O extremo de Maquiavel se dá no pensamento em que homens devem ser mimados ou exterminados, pois se vingam de ofensas leves, das graves já não podem fazê-lo. Raciocina que o príncipe deve ser chefe e defensor dos mais fracos, e deve tratar de enfraquecer os poderosos da própria província.

O desejo de conquistar, diz Maquiavel, é coisa verdadeiramente natural e ordinária e os homens que podem fazê-lo serão sempre louvados e não censurados. Mas se não podem e querem fazê-lo, de qualquer modo, é que estão em erro, e são merecedores de censura. Conclui em seu maquiavélico pensar, que não se deve consentir em um mal para evitar uma guerra, pois não se evita esta e sim apenas se adia, para própria desvantagem.

Quando se conquistam Estados habituados a reger-se por leis próprias e em liberdade, há três modos de manter-se a sua posse: primeiro - arruiná-los; segundo - ir habitá-los; terceiro - deixá-los viver com suas leis, arrecadando um tributo e criando um governo de poucos, que se conservem amigos. É importante para Maquiavel em ralação a conquista dos Estados, que não deixam nem podem deixar repousar a memória da antiga liberdade. Assim, para conservar uma república conquistada, o caminho mais seguro é destruí-la ou habitá-la pessoalmente.


É enfático ao orientar que aqueles que somente por fortuna se tornam príncipes pouco trabalho tem para isso, é claro, mas se mantêm muito penosamente. Não têm nenhuma dificuldade em alcançar o posto, porque para ai voam; surge, porém, toda sorte de dificuldades depois da chegada. É o que acontece quando o Estado foi concedido ao príncipe, ou por dinheiro, ou por graça de quem o concede. Engana-se quem acreditar que nas grandes personagens os novos benefícios fazem esquecer as antigas injúrias.

Quanto ao principado conquistado por poder eclesiástico, Maquiavel mostra-se inconformado, pois diz que são sustentados pela rotina da religião. As suas instituições tornam-se tão fortes e de tal natureza que sustentam os seus príncipes no poder, vivam e procedem eles como bem entenderem. Só estes possuem Estados e não os defendem; só estes possuem súditos que não governam. E os seus Estados, apesar de indefesos, não lhes são arrebatados; os súditos, embora não sejam governados, não cuidam de alijar o príncipe nem o podem fazer. Somente esses principados, portanto, são, por natureza, seguros e felizes.

Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem ter qualquer outra coisa como prática a não ser a guerra, o seu regulamento e sua disciplina, porque essa é a única arte que se espera de quem comanda. Assim, Maquiavel afirma que é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade. Cada príncipe deve desejar ser tido como piedoso e não como cruel: Não deve, portanto, importar ao príncipe a qualificação de cruel para manter os seus súditos unidos e com fé, porque, com raras exceções,é ele mais piedoso do que aqueles que por muita clemência deixam acontecer desordens, das quais podem nascer assassínios ou rapinagem. É que estas conseqüências prejudicam todo um povo, e as execuções que provêm do príncipe ofendem apenas um individuo. Contudo, o príncipe não precisa possuir todas as qualidades acima citadas, bastando que aparente possuí-las.

Os Estados bem organizados e os príncipes prudentes preocuparam-se sempre em não reduzir os grandes ao desespero e satisfazer e contentar o povo, porque essa é uma das questões mais importantes que um príncipe deve ter em mente. É ainda muito conveniente a um príncipe dar raros exemplos quanto ao seu governo quando alguém tenha realizado qualquer coisa de extraordinário, de bem ou de mal na vida civil, para premiá-lo ou puni-lo o príncipe deve agir de modo tal que dê margem a largos comentários. E, sobretudo, deve um príncipe trabalhar no sentido de, em cada ação, conquistar fama de grande homem.

Maquiavel destaca de suma importância um cuidado que o príncipe deve tomar. Note-se agora que um príncipe deve ter o cuidado de não fazer aliança com um que seja mais poderoso, senão quando a necessidade o compelir, como se expôs acima, pois que, vencendo, ficará prisioneiro do aliado; e os príncipes devem evitar o mais que possam a situação de estar á mercê de outrem.

Além disso, deve animar os seus cidadãos a exercer livremente as suas atividades, no comércio, na agricultura e em qualquer outro terreno, de modo que o agricultor não deixe de enriquecer as suas propriedades pelo temor de que lhe sejam arrebatadas e o comerciante não deixe de desenvolver o seu negócio por medo de impostos. Pelo contrário, deve instituir prêmios para os que quiserem realizar tais coisas e para todos os que, por qualquer maneira, pensarem em ampliar a sua cidade ou o seu Estado. Além disso, deve, nas épocas propicias do ano, proporcionar ao povo festas e espetáculos.

No que diz respeito aos ministros, Maquiavel assevera dizendo que não é de pequena importância para um príncipe a escolha dos seus ministros, os quais são bons ou não segundo a prudência daquele. E a primeira conjectura que se faz, a respeito das qualidades de inteligência de um príncipe, repousa na observação dos homens que ele tem ao seu redor. Quando estes são competentes e fiéis, pode-se reputá-lo sábio, porque soube reconhecer as qualidades daqueles e mantê-los fiéis. Mas quando não são assim, pode-se ajuizar sempre mal do senhor, porque o primeiro erro que cometeu está nessa escolha. Um príncipe deve, portanto, aconselhar-se sempre, mas quando ele entender e não quando os outros quiserem; antes, deve tirar a vontade a todos de aconselhar alguma coisa sem que ele solicite. Todavia, deve perguntar muito e ouvir pacientemente a verdade acerca das coisas perguntadas. Até, achando que alguém, por qualquer temor, não lhe diga a verdade, não deve o príncipe deixar de mostrar o seu desprazer. O que se conclui daí é que os bons conselhos, de onde quer que provenham, nascem da prudência do príncipe.


4. Considerações Finais

Maquiavel deixa-nos claro, através de sua obra “O Príncipe”, que o seu pensamento convicto sobre a política é autoritarista e ditador. Não admite qualquer suposto desafio ao príncipe, ainda que sem intenções de usurpação do trono. Enfatiza por muitas vezes que o governo precisa ser imperativo e forte. Cabe ao príncipe se livrar de qualquer fraqueza, assim como também de qualquer inimigo. Através desta obra, Maquiavel justifica o termo que se originou nele mesmo, a saber, “maquiavélico”. O príncipe, na concepção de Maquiavel, precisa ser egocentrista, imprevisível e deve governar com mãos de ferro.


5. Referências Bibliográficas

Maquiavel, Nicolau. O Príncipe. Tradução: Lívio Xavier. Bauru-SP: Editora Edipro, 2ª edição, 2002 (Série Clássicos).



                                       
                                      Psicologia Pastoral



 
 Por Jhony Ribeiro 

Cordialmente,
                                

sábado, 6 de outubro de 2018

MUITOS SE RENDEM DIANTE DO DIFÍCIL - Más este é melhor momento para lutar.

        MUITOS SE RENDEM DIANTE DO DIFÍCIL
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 Você conhece alguém que diante do difícil se desespera?

 Você é uma pessoa assim?

 Então vamos lá, quero ajudar você a encará o Difícil.

 Muitos religiosos espiritualizam tudo, a ponto de pensar que Deus fará tudo por eles, quando que na realidade Deus os capacitou para fazer muitas coisas, e uma delas é encará o Difícil.
 Claro, com confiança e fé em Deus. Leia abaixo as dicas que deixo para você  ser vitorioso diante do Difícil.

 Todos nós, em algum momento da vida, nos vemos envolvidos em situações difíceis em que podemos sentir todo tipo de sentimentos, já que nessas situações é possível ver implicados alguns fatores que nos afetam diretamente. No entanto, é possível lidar com qualquer situação difícil se seguirmos os passos certos.


O que fazer para enfrentar situações difíceis

 Avalie o quão difícil é a situação. Tudo depende de como você a enxerga, porque a dificuldade é diferente dependendo do momento e também da pessoa que a avalia.
 É você quem decide a forma de lidar com as situações difíceis. Pode-se optar por ser positivo ou negativo, mas recomenda-se encontrar o lado positivo da situação.
 Estimule a inteligência, nunca se renda diante de um desafio e busque informações sobre sua situação utilizando todos os recursos disponíveis para superá-la e descubra o que você pode tirar de proveito desta situação.
 Não deixe a situação mudá-lo, a menos que a mudança seja positiva. Além disso, as situações difíceis nos ajudam a amadurecer. Não deixe que a situação o faça culpar outras pessoas e manter um ressentimento.
 Conserve um bom sistema de apoio, que pode vir de Deus, amigos ou familiares ou simplesmente de um grupo de pessoas que está passando pela mesma situação. Não se esqueça de amar a si mesmo abaixo de Deus e de se encher de carinho, por mais difícil que seja a situação.

Lide com as situações difíceis com tolerância

 Fique em silêncio e mantenha a calma numa situação difícil, porque será mais fácil entrar na natureza dela desta maneira. Se for necessário, afaste-se da situação um momento para clarear sua mente.
 Fale quando for apropriado para proporcionar possíveis soluções e não gerar discussões.
Olhe para todos os exemplares das Histórias Bíblicas e Histórias verídicas das pessoas que passaram por momentos difíceis e venceram os mesmos.
 Em seguida, encare, não se renda, lute, pois as coisas podem ficar melhores, basta prosseguir.
 Os momentos Difíceis são proporcionais para te provar que você pode ir além, olhe para eles como um desafio a enfrentado, tendo a certeza que o que virá é melhor e bem mais grande.
 Deus dizia a Josué: Esforça-te, e tem bom ânimo(Josué 1:6)

                                           
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 Por Jhony Ribeiro 

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