Expiação
Introdução
Os autores da Bíblia estavam preocupados, sobretudo com um problema: como pode um homem gozar da amizade de Deus? O pecado separava o homem de Deus, enquanto a sua necessidade fundamental consistia em estar unido com ele. Para isso é preciso eliminar o pecado. No fundo é isso que significa expiação.
Por mais que façamos nunca conseguiremos nos tornar aceitáveis ao Deus Santo. Sempre seremos deficientes diante da sua grandeza e Santidade.
No tempo do Antigo Testamento ofereciam-se sacrifícios para espiar os pecados. Mas esse sistema não podia constituir a resposta final. Certo número de autores do Antigo Testamento compreendeu que seria necessária a intervenção do próprio Deus para a solução do problema. O profeta Isaías escreveu sobre a vinda do servo de Deus para resolver esse problema: "todos nós, como ovelhas, andávamos errantes seguindo cada um o seu próprio caminho; mas Yahweh fez cair sobre ele à iniqüidade de todos nós".
O Novo Testamento descreve como Deus enviou Jesus, seu Filho, justamente para cumprir esta missão. Sua morte foi o sacrifício perfeito por todos os homens.
Quando Jesus morreu na cruz, morreu em nosso lugar e sofreu a pena de morte, devida aos nossos pecados. Na cruz Jesus tornou-se profundamente consciente da agonia da separação de Deus: "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" Mateus acrescenta que o véu do templo se rasgou de alto a baixo.
Este episódio anunciou de maneira dramática que não estávamos mais separados de Deus. Jesus tinha expiado o pecado do mundo.
Explicação
Expiação, quer dizer reconciliação pela qual os homens voltam para gozar em plena comunhão com Deus.
Por intermédio de Jesus Cristo recebemos a reconciliação.
Expiação é a obra que Cristo realizou em sua vida e morte para obter a nossa salvação.
Conciliação é a união entre pessoas que estavam em inimizades. Nome daquilo que produz a reconciliação, e especialmente o sacrifício, destinado aquele fim. É esse o sentido em que a palavra ordinariamente se emprega.
O Dia da Expiação
Era a mais solene de todas as festas, o dia mais solene do ano, o grande dia de humilhação nacional, entre os filhos de Israel.(Levítico 16. -10).
Nesse dia toda a nação de Israel confessava seus pecados e pedia a Deus perdão e purificação. O sumo sacerdote, com vestes de linho branco, primeiro oferecia um sacrifício pelos seus próprios pecados e os dos outros sacerdotes e depois oferecia outro sacrifício pelos pecados do povo. Era um único dia do ano em que o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos (Hebreus 10:3), isto é, a parte mais interna e sagrada do tabernáculo (tenda da oração), mais tarde, aspergia parte do sangue oferecido no sacrifício. Mas a cerimônia apontava para remoção eterna, no futuro (Zacarias 3: 4, 8,9; 13:1; Hebreus 10:14).
Depois tomava um cabrito, conhecido pelo nome de "bode expiatório", e tendo colocado as mãos sobre a cabeça do mesmo, expulsavam-no para o deserto, como sinal de que os pecados do povo tinham sido tirados.
Era observado no décimo dia do sétimo mês com a abstinência de trabalhos e pelo jejum. Era este o único jejum ordenado por lei, referido no livro dos Atos 17.9.
O sumo sacerdote tomando o incensário com brasas vivas do altar, entrava no Santo dos Santos e queimava incenso, para que o fumo cobrisse o propiciatório que escondia a Lei. Depois, tomavam sangue do animal e aspergiam com ele o propiciatório e o pavimento. Com esta cerimônia terminava a expiação pelos sacerdotes.
Tomavam então os dois bodes oferecidos pelo povo e lançava sorte sobre eles. Um deles era morto, como oferta pelo pecado do povo, e levando para dentro do véu o sangue, o aspergia como dantes, para fazer expiação do santuário. Com semelhante rito, ele fazia expiação pelo lugar santo e pelo altar dos sacrifícios, depois tomava o outro bode, colocava as mãos sobre a cabeça dele, e confessava os pecados do povo.
Tipicamente, os pecados do povo eram lançados sobre a cabeça do bode que se tornava o substituto do povo levando seus pecados com ele para o deserto.
Esta cerimônia, como a do sacrifício anual do cordeiro pascal era uma das três figurações históricas, dadas por Deus, da futura expiação do pecado humano pela morte de Cristo.
A causa da expiação
Encontramos duas coisas no caráter do próprio Deus, que explica o motivo da expiação: o amor e a justiça.
O amor de Deus como uma das causas da expiação é descrito na passagem mais conhecida da Bíblia: "porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).
Mas a justiça de Deus também exigiu que ele encontrasse um meio pelo qual a pena pelos nossos pecados fosse paga (pois ele não podia aceitar-nos em comunhão consigo mesmo a menos que a penalidade fosse paga). Paulo explica que essa é a razão pela qual Deus enviou Cristo para ser "propiciação" (Romanos 3.25), ou seja, um sacrifício que sofre a ira de Deus de modo que este se torne "propício" com disposição favorável a nós: foi para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado em pune os pecados anteriormente cometidos. Paulo disse que Deus perdoava os pecados no Antigo Testamento, mas nenhuma pena havia sido paga. Quando Deus enviou Cristo para morrer e receber o castigo pelos nossos pecados, fez isso tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e sermos justificado pela fé em Jesus “(Romanos 3.26)”.
Portanto, o amor (hesed) e a justiça de Deus foram à causa da expiação.
Os autores da Bíblia estavam preocupados, sobretudo com um problema: como pode um homem gozar da amizade de Deus? O pecado separava o homem de Deus, enquanto a sua necessidade fundamental consistia em estar unido com ele. Para isso é preciso eliminar o pecado. No fundo é isso que significa expiação.
Por mais que façamos nunca conseguiremos nos tornar aceitáveis ao Deus Santo. Sempre seremos deficientes diante da sua grandeza e Santidade.
No tempo do Antigo Testamento ofereciam-se sacrifícios para espiar os pecados. Mas esse sistema não podia constituir a resposta final. Certo número de autores do Antigo Testamento compreendeu que seria necessária a intervenção do próprio Deus para a solução do problema. O profeta Isaías escreveu sobre a vinda do servo de Deus para resolver esse problema: "todos nós, como ovelhas, andávamos errantes seguindo cada um o seu próprio caminho; mas Yahweh fez cair sobre ele à iniqüidade de todos nós".
O Novo Testamento descreve como Deus enviou Jesus, seu Filho, justamente para cumprir esta missão. Sua morte foi o sacrifício perfeito por todos os homens.
Quando Jesus morreu na cruz, morreu em nosso lugar e sofreu a pena de morte, devida aos nossos pecados. Na cruz Jesus tornou-se profundamente consciente da agonia da separação de Deus: "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" Mateus acrescenta que o véu do templo se rasgou de alto a baixo.
Este episódio anunciou de maneira dramática que não estávamos mais separados de Deus. Jesus tinha expiado o pecado do mundo.
Explicação
Expiação, quer dizer reconciliação pela qual os homens voltam para gozar em plena comunhão com Deus.
Por intermédio de Jesus Cristo recebemos a reconciliação.
Expiação é a obra que Cristo realizou em sua vida e morte para obter a nossa salvação.
Conciliação é a união entre pessoas que estavam em inimizades. Nome daquilo que produz a reconciliação, e especialmente o sacrifício, destinado aquele fim. É esse o sentido em que a palavra ordinariamente se emprega.
O Dia da Expiação
Era a mais solene de todas as festas, o dia mais solene do ano, o grande dia de humilhação nacional, entre os filhos de Israel.(Levítico 16. -10).
Nesse dia toda a nação de Israel confessava seus pecados e pedia a Deus perdão e purificação. O sumo sacerdote, com vestes de linho branco, primeiro oferecia um sacrifício pelos seus próprios pecados e os dos outros sacerdotes e depois oferecia outro sacrifício pelos pecados do povo. Era um único dia do ano em que o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos (Hebreus 10:3), isto é, a parte mais interna e sagrada do tabernáculo (tenda da oração), mais tarde, aspergia parte do sangue oferecido no sacrifício. Mas a cerimônia apontava para remoção eterna, no futuro (Zacarias 3: 4, 8,9; 13:1; Hebreus 10:14).
Depois tomava um cabrito, conhecido pelo nome de "bode expiatório", e tendo colocado as mãos sobre a cabeça do mesmo, expulsavam-no para o deserto, como sinal de que os pecados do povo tinham sido tirados.
Era observado no décimo dia do sétimo mês com a abstinência de trabalhos e pelo jejum. Era este o único jejum ordenado por lei, referido no livro dos Atos 17.9.
O sumo sacerdote tomando o incensário com brasas vivas do altar, entrava no Santo dos Santos e queimava incenso, para que o fumo cobrisse o propiciatório que escondia a Lei. Depois, tomavam sangue do animal e aspergiam com ele o propiciatório e o pavimento. Com esta cerimônia terminava a expiação pelos sacerdotes.
Tomavam então os dois bodes oferecidos pelo povo e lançava sorte sobre eles. Um deles era morto, como oferta pelo pecado do povo, e levando para dentro do véu o sangue, o aspergia como dantes, para fazer expiação do santuário. Com semelhante rito, ele fazia expiação pelo lugar santo e pelo altar dos sacrifícios, depois tomava o outro bode, colocava as mãos sobre a cabeça dele, e confessava os pecados do povo.
Tipicamente, os pecados do povo eram lançados sobre a cabeça do bode que se tornava o substituto do povo levando seus pecados com ele para o deserto.
Esta cerimônia, como a do sacrifício anual do cordeiro pascal era uma das três figurações históricas, dadas por Deus, da futura expiação do pecado humano pela morte de Cristo.
A causa da expiação
Encontramos duas coisas no caráter do próprio Deus, que explica o motivo da expiação: o amor e a justiça.
O amor de Deus como uma das causas da expiação é descrito na passagem mais conhecida da Bíblia: "porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).
Mas a justiça de Deus também exigiu que ele encontrasse um meio pelo qual a pena pelos nossos pecados fosse paga (pois ele não podia aceitar-nos em comunhão consigo mesmo a menos que a penalidade fosse paga). Paulo explica que essa é a razão pela qual Deus enviou Cristo para ser "propiciação" (Romanos 3.25), ou seja, um sacrifício que sofre a ira de Deus de modo que este se torne "propício" com disposição favorável a nós: foi para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado em pune os pecados anteriormente cometidos. Paulo disse que Deus perdoava os pecados no Antigo Testamento, mas nenhuma pena havia sido paga. Quando Deus enviou Cristo para morrer e receber o castigo pelos nossos pecados, fez isso tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e sermos justificado pela fé em Jesus “(Romanos 3.26)”.
Portanto, o amor (hesed) e a justiça de Deus foram à causa da expiação.
A Necessidade de Expiação
No jardim do Getsêmani, Jesus ora: "... se possível, passa de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26.39). Podemos estar convictos de que Jesus sempre orou de acordo com a vontade do pai, e sempre com plenitude de fé. Dessa forma, essa oração, que Mateus se esforça por registrar para nós, parece mostrar que não era possível para Jesus evitar a morte na cruz que estava prestes a vir sobre ele (o "cálice" de sofrimento que ele havia dito que seria seu). Se Jesus estava para completar a obra que o pai lhe destinara, e se as pessoas estavam para ser redimidas por Deus, então era necessário que ele morresse sobre a cruz.
Também disse Jesus após a sua ressurreição, quando caminhava para Emaús na companhia de dois discípulos: Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?”(Lucas 24:25-26)”.
Jesus entendia que o plano de redenção tornava necessário que o Messias morresse pelos pecados do seu povo.
Jesus obedeceu ao pai em nosso lugar e cumpriu de maneira perfeita as exigências da Lei. E ele sofreu em nosso lugar, recebendo em si mesmo a pena que Deus pai teria aplicado a nós.
Além de obedecer à Lei de modo perfeito por toda sua vida em nosso favor, Cristo tomou também sobre si mesmo os sofrimentos necessários para pagar a penalidade pelos nossos pecados.
O significado do sangue de Cristo
O sangue de Cristo é a clara evidência externa de que seu sangue vital foi derramado quando ele experimentou a morte sacrificial para pagar a nossa redenção, "o sangue de Cristo" significa a sua morte em seus aspectos salvíticos. Embora possamos pensar que o sangue de Cristo refere-se exclusivamente a remoção de nossa culpa judicial diante de Deus.
As Escrituras falam tanto no sangue de Cristo porque o seu derramamento constituiu evidência bem clara de que sua vida foi dada em execução judicial (isto é, ele foi condenado à morte e morreu pagando uma pena imposta tanto por um juízo humano na terra como pelo próprio Deus no céu).
A ênfase das Escrituras do sangue de Cristo também mostra relação clara entre a morte de Cristo e os muitos sacrifícios do Antigo Testamento, que envolvia o derramamento do sangue do animal sacrificado.
Todos esses sacrifícios apontavam para o futuro e pré-figuravam a morte de Cristo.
A morte de Cristo como "substituição penal"
A morte de Cristo foi penal pelo fato de ter ele cumprido uma pena quando morreu. Sua morte foi também uma substituição pelo fato de ter ele sido nosso substituto quando morreu.
A ação dessa concepção da expiação é chamada às vezes de “expiação vicária”. Um vigário é o que se coloca no lugar de alguém, é o que representa alguém.
A morte de Cristo foi, portanto, vicária porque ele se colocou em nosso lugar e nos representou. Como nosso representante, recebeu a pena que merecemos...A morte.
Sacrifício
Para pagar a pena de morte que merecemos por causa de nossos pecados, Cristo morreu como sacrifício vivo.
Ele "se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado" (Hebreus 9.26).
Propiciação
Para nos livrar da ira de Deus que merecemos, Cristo morreu como propiciação pelos nossos pecados. "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (I João 4.10).
Reconciliação
Para vencer a nossa separação de Deus, precisávamos de alguém que proporciona-se à reconciliação, e dessa forma nos trouxesse de volta a comunhão com Deus. Paulo diz que Deus "nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo que nos deu o ministério da reconciliação" (II Coríntios 5.18-19).
Redenção
Quando falamos em redenção, entra em foco a idéia de "resgate". Resgate é o preço pago para redimir alguém da escravidão do cativeiro. A pena pelo pecado foi cumprida por Cristo e recebida e aceita por Deus Pai.
Devemos observar que um preço foi pago (a morte de Cristo), e como resultado fomos "redimidos" da servidão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Poderíamos concluir este estudo, analisando as palavras do autor da carta aos Hebreus capitulo 10. No entanto, faz-se necessário acrescentar algumas considerações.
O sacrifício anual oferecido pelo sumo sacerdote visava o perdão de Deus para o povo, no entanto, estava notória a sua deficiência no sentido de que o sacrifício de animais era para um perdão temporário e não efetivo.
Quando Cristo ofereceu-se em sacrifico único, não visava apenas um perdão temporário como na antiga aliança, mas, um perdão efetivo para todas as pessoas quer judeu, quer gentio.
A expiação de Cristo pelos nossos pecados, foi única e satisfatória a Deus.
SÍNTESE
Cristo é a nossa expiação. Ele levou o pecado do mundo inteiro, em seu próprio corpo, cravando-o na cruz (I Pedro 2:24). A morte que se seguiu foi uma expiação pelos pecados.
Em Cristo, pois, todos os pecados da humanidade foram removidos. A pena pelo pecado não mais existe, porquanto foi inteiramente sofrida por Cristo. Assim, pois, Cristo sofreu nossas tristezas, nossas dores, nosso castigo, nossa iniqüidade, nosso opressão, nossa aflição, nosso julgamento. Sua alma foi dada em oferta pelo pecado, e Deus viu seu trabalho de alma e ficou satisfeito. Cristo levou nossas iniqüidades, e agora temos a sua justiça por imputação, não somente a judicial ou forense, mas também a real, por meio da santificação (Isaías 53:4-11).
Assim como a sua morte serviu de expiação por nossos pecados, assim também a sua ressurreição foi à prova e a garantia de nossa vida eterna (I Cor. 15:17; I Pedro 1:13; Efésios 1: 13,14).
Quando Deus enviou Cristo para morrer e receber o castigo pelos nossos pecados, fez isso tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e sermos justificado pela fé em Jesus “(Romanos 3.26)”.
Todos esses sacrifícios apontavam para o futuro e pré-figuravam a morte de Cristo.
Portanto, o amor (hesed) e a justiça de Deus foram à causa da expiação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
- BÍBLIA DE ESTUDO VIDA – REVISTA E ATUALIZADA – EDITORA VIDA
- MANUAL BÍBLICO – HENRY H. HALLEY – EDITORA VIDA NOVA
- PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA – O.S. BOYER – EDITORA VIDA
- ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA DA BÍBLIA – EDIÇÕES PAULINAS
- DICIONÁRIO DA BÍBLIA – JOHN D. DAVIS – EDITORA JUERP
- ENCICLOPÉDIA DE BÍBLIA, TEOLOGIA E FILOSOFIA – R.N. CHAMPLIM EDITORA. CANDEIA
- TEOLOGIA SISTEMÁTICA – WAYNE GRUDEM – EDITORA VIDA NOVA