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sábado, 21 de setembro de 2019

Artigo de ouro. Leia!

                     FALANDO COM ELOQUÊNCIA


 Quando somos crianças ou ainda jovens, o tom de descontração é predominante, não somos tão cobrados quanto à necessidade de um discurso em certo formato ou com certas exigências. O tempo vai passando e esta condição vai se modificando.
Chegam as responsabilidades maiores, primeiro as apresentações de trabalho na escola direcionadas para a toda sala até quando trabalho chega com os maiores desafios que exigem coragem, exposição, controle, confiança, planejamento e nada de vergonha.
Dificuldade comum
É muito comum que as pessoas tenham dificuldade em falar em público, seja por falta de costume ou outros mil motivos, o ser humano não se sente totalmente à vontade em frente a uma grande plateia logo de início, normalmente este é um processo que envolve treinamento e experiências anteriores, sempre havendo exceções.
Exemplo claro deste bloqueio está em quando assistimos a algum discurso de uma personalidade. É fácil notar olhares perdidos, palavras mão encaixadas, mãos procurando um lugar para se apoiar que parece não existir, gestos e posturas estranhas.
Esse desconforto é problema muito frequente principalmente no meio profissional. Muitas pessoas reclamam constantemente ter apresentações ao chefe ou discursos à equipe de trabalho.
Principais causas
As causas da insegurança são inúmeras, podem ser tanto interiores como exteriores. Entretanto, na maioria das vezes, os empecilhos mais fortes estão dentro de você.
Aqueles que não se sentem confiantes para quaisquer outras situações, tem autoestima baixa, outros problemas psicológicos, falta de aceitação com aparência ou descontentamento pessoal nunca serão capazes de transmitir confiança e credibilidade.
Outros fatores podem influenciar, como olhares tortos durante o discurso, um público muito grande ou totalmente desconhecido, a falta de domínio sobre o assunto, a pressão por outros resultados e/ou a importância e efeito daquilo que se fala.
Independentemente do que atrapalhe a fala em grupo, a base de melhora está dentro de nós. Com autocontrole e autoconfiança tudo pode ser modificado e adaptado para a eficiência de sua fala.
Como melhorar o discurso
Algumas técnicas e treinos simples podem auxiliar e muito no aprimoramento para a hora de falar com mais pessoas.
Quatro exercícios importantes para melhorar suas desenvoltura diante da plateia:
1. Falar pausadamente
Busque dizer as palavras com calma e tranquilidade. Não emende palavras porém cuide para não tornar o discurso muito lento e chato.
As pausas são importantes para a clareza da informação assim como para melhor entendimento.
Palavras ditas com pressa passam a impressão de desconhecimento sobre o assunto e insegurança.
Treine dizer as palavras por inteiro e identifique o melhor momento para o silêncio e avanço do texto. Você pode pedir ajuda de parentes e amigos para que eles possam te dizer como os dados soam mais claros.
2. Entonação é tudo
O tom de nossa voz é um dos fatores mais influentes para a sua interpretação. Quando estamos bravos falamos alto e mais duro, quando estamos com sono falamos mais devagar, quando estamos em dúvida ou com vergonha falamos baixo e sem intensidade.
O treinamento deve ser para que o tom do discurso transpasse confiança. Não devemos exagerar forçando a pronúncia nem remediar, pois assim soará impositivo e nada natural.
Do outro lado, a pronúncia baixa e sem efeito só enfraquece as palavras.
Busque um tom natural, que soe amigável e ao mesmo tempo confiante. Dê certa entonação à alguma parte do discurso que mereça mais atenção por meio de um tom mais alto ou um dizer mais forte, com voz mais grave.
3. Gestos
A linguagem corporal é importantíssima durante um discurso.
A boca deve manter-se bem aberta, as vogais longamente pronunciadas.
As mãos podem articular durante toda a fala desde que não chamem mais atenção que a própria informação.
4. Postura
Também fazendo parte da linguagem corporal, a postura influencia não só na aparência e desenvoltura quanto no conforto e eficiência.
Procure manter a coluna ereta o tempo todo, com a cabeça alinhada à linha da coluna vertebral. Os quadris não devem tombar para os lados e o peso deve estar bem distribuído nas plantas dos pés.
Nunca curve-se, além de fazer mal ao seu corpo, fará mal a sua imagem e fala.
Além de tais práticas, algumas outras dicas podem lhe ajudar a ser menos tímido em diferentes situações do dia a dia, confira:
– Sinta-se menos vítima: 

As pessoas mais tímidas tem a tendência em sentir-se culpado ou atingido por qualquer situação desfavorável. Busque fortalecer seu lado positivo para enfrentar as dificuldades. Nem tudo que lhe disserem como culpado será verdade. Avalie sempre suas ações e tire também suas próprias conclusões livrando-se de alguns pesos desnecessários.
– Exalte suas qualidades:
Não elogie apenas aos outros, elogie a si mesmo e para si mesmo. A autoconfiança é o melhor caminho para o sucesso e realização pessoal.
– Ninguém é perfeito:
Além de identificar suas qualidades, identifique também seus defeitos. Você precisa aceitá-los e trabalhá-los para o seu bem, sabendo que é impossível agradar a todos e fazer tudo perfeitamente. Somos todos seres humanos cheios de falhas, dúvidas e confusões.
– Exteriorize-se:
Quem está acostumado com a timidez costuma passar muito tempo sozinho e confortar-se com sua rotina e “seu mundo”. Busque novas oportunidades, novas experiências e novas pessoas para se relacionar. Descobrir novas sensações e tentar entende-las lhe trará aprendizados e vontade de sair da solidão.  
– Abra seu coração:
Permita que outras pessoas se aproximem e aprenda com elas. Não tema o desconhecido e esteja com o coração aberto, disposto a momentos de humor, diversão, conversas mais sérias e novos costumes e comportamentos. Trocar experiências apenas lhe trará crescimento e fortalecimento.
– Seja mais otimista:
Não deixe que a timidez ou insegurança lhe traga pensamentos negativos. Positividade atrai positividade. Trate de cuidar dos pensamentos para que tomem o rumo certo e te auxiliem em suas ações.
– Controle a ansiedade:
Estar sempre ansioso se torna um grande vilão na execução de atividades. Criamos muitas expectativas e fazemos com que a espera seja insuportável, além disso, quando é hora de agir fazemos tudo correndo, o que muitas vezes faz tudo sair errado.
Conheça mais suas sensações e prepare seu corpo para que enfrente as circunstâncias de outro jeito. Busque controlar suas sensações e interpretar pequenas ações que te acalmem e minimizem as grandes expectativas. Distraia-se com outras atividades que lhe proporcionem prazer e tirem o foco daquilo que tanto se espera por alguns momentos.
As consequências
Um discurso proferido com insegurança não disfarça o sentimento. Pode-se ver nos olhos de quem fala a falta de confiança, sendo assim, a consequência mais direta é a diminuição de credibilidade à informação que se tenta transmitir ou até mesmo a falta de atenção.
É indiscutível a importância de palavras ditas com segurança e força, os efeitos nos ouvintes e os resultados que atingirão serão visíveis, o que pode ser muito valioso não só para sua vida profissional como pessoal.
Como qualquer outra habilidade, desenvolva-a praticando, confie em si e perca o medo de se expressar. Somos todos seres humanos, cometemos erros e falhas, portanto não há o que temer, muito menos deixar de fazer.

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 Por Jhony Ribeiro 

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sábado, 14 de setembro de 2019

7 DIFERENÇAS ENTRE MENTE FECHADA E MENTE ABERTA.

          MENTE ABERTA × MENTE FECHADA
“Um grande teste de inteligência é a capacidade de uma pessoa reter duas ideias opostas na sua mente ao mesmo tempo e ainda preservar sua capacidade de funcionar.”
F. Scott Fitzgerald
***
Ray Dalio é um investidor bilionário dos Estados Unidos, fundador do fundo de investimento Bridgewater Associates e faz parte, de acordo com a Bloomberg, da lista das 100 pessoas mais ricas do mundo. Além disso, é filantropo e autor do livro Princípios, em que descreve sua filosofia de vida e empresarial.
Em Princípios, Dalio fala muito sobre uma característica importante e que sempre procurou desenvolver em si mesmo e na sua equipe, que é a de ter a mente aberta.
Aprender e desenvolver novos conceitos, mesmo que a princípio você não concorde com eles, é uma habilidade fundamental para se ter na vida e nos negócios.
Ninguém gosta de admitir que tem a mente fechada, mas a verdade é que muita gente é assim. Porém, as vantagens de ter uma mente aberta são gigantescas. É quase como ter superpoderes, pois você nunca para de aprender, crescer e melhorar.
Então é bom estar sempre alerta para reconhecermos em nós mesmos oportunidades de melhoria (quando estamos no canal errado) e como reconhecer isso nos outros, para podermos reagir de maneira adequada – menos emocional e mais construtiva.
Segundo Dalio, existem sete diferenças entre pessoas de mente aberta e mente fechada. Aqui está um resumo rápido das sete, com meus comentários:
1) Ideias desafiadoras:
Pessoas de mente fechada não querem nem gostam de ter suas ideias desafiadas ou questionadas. Pessoas de mente aberta procuram o desafio e, ao invés de achar que a pessoa que não concorda com eles é uma idiota, elas ficam curiosas para entender o ponto de vista do outro e por que ele/ela discorda.
2) Afirmações x Perguntas
Pessoas de mente fechada têm uma tendência muito maior de fazer afirmações de modo muito firme e seguro do que de fazer perguntas. Gostam de dar sua opinião, mas raramente têm paciência para ouvir a dos outros. Quando escutam uma outra pessoa fazendo uma afirmação, estão mais preocupadas em pensar em como responder do que em entender o que a pessoa está falando.
Pessoas de mente aberta sabem que sua opinião só tem realmente mais peso se forem especialistas naquele assunto (e que elas não são especialistas em 100% dos assuntos). Logo, a outra pessoa falando pode ter realmente algo importante a dizer e que deve ser considerado.
3) Compreensão
Pessoas de mente fechada gastam a maior parte do seu tempo e energia fazendo com que os outros lhes entendam.
É fácil de ver quando isso acontece: quando alguém discorda, a pessoa de mente fechada procura a repetição (mesmo com palavras diferentes) do mesmo conceito, martelando o mesmo argumento até conseguir a submissão do outro (no caso, que ele/ela concorde ou aceite o que está sendo dito).
A reação da pessoa de mente aberta, ao encontrar uma objeção, é de imediatamente mudar o canal de “apresentação” para “compreensão”, fazendo perguntas e tentando entender o ponto de vista do outro.
4) Posso estar errado, mas…
Pessoas de mente fechada, para demonstrar humildade ou para parecerem abertas, dizem com frequência coisas como “Posso estar errado, mas… aqui vai minha opinião”.
Se a sua frase vai começar com “Posso estar errado…”, então você deveria fazer uma pergunta e não uma afirmação. Aliás, provavelmente não deveria nem estar abrindo a boca para falar.
Essa é uma grande diferença em relação às pessoas de mente aberta, que sabem quando trocar de canal entre fazer perguntas/descobrir/entender e fazer afirmações com convicção.
5) Fique quieto!
Pessoas de mente fechada bloqueiam os outros, de forma aberta, direta e clara, ou indireta e mais discreta. É um “cala boca” para quem discorda, pois só gostam de ouvir sua própria voz. (Dalio recomenda a regra dos dois minutos para lidar com isso: todo mundo tem direito a falar por dois minutos sem ser interrompido).
Pessoas de mente aberta estão mais interessadas em ouvir. Um líder de mente aberta, por exemplo, vai fazer com que pessoas que não estão falando ou que têm atitude questionadora falem mais e exponham mais sua opinião. “João, você não falou nada ainda sobre isto. O que acha? Qual sua opinião?”
6) Duas ideias e a corrida dos espermatozoides
Charlie Munger tem uma frase famosa sobre este assunto. Ele diz: “O óvulo tem um jeito de funcionar que é muito parecido com o cérebro humano. Uma vez que um espermatozoide entra, ele se fecha e ninguém mais entra. O cérebro da maior parte das pessoas funciona assim também – uma vez que uma ideia ou opinião entra na cabeça da pessoa, nada mais que questione ou reveja aquilo entra.”
Pessoas de mente aberta conseguem entender e aceitar ideias contrárias de outras pessoas sem perder a habilidade de pensar por conta própria, indo e voltando entre as ideias contrárias para entender e julgar os méritos de cada uma delas.
7) Humildade
Pessoas de mente fechada não são humildes (nem conseguem fingir humildade por muito tempo).
Sua opinião está sempre certa e são fechadas inclusive a demonstrações claras e racionais de que estão erradas. Sua autoestima não permite esse tipo de avaliação.
Pessoas de mente aberta vão inclusive tentar se provar erradas para terem certeza de que estão certas. Vão tentar se desprovar, encontrar falhas na sua lógica, buracos no processo decisório, pontos fracos em planejamentos, alguém que questione suas ideias e conceitos.
Enquanto as pessoas de mente fechada buscam apenas demonstrar segurança aos outros via sua forma de falar, as pessoas de mente aberta buscam, no fundo, conseguir mais segurança para entender se o que estão falando ou decidindo está realmente correto, para só então se manifestar.
Mente fechada então acaba focando no processo de comunicação, mente aberta no processo de compreensão.
Essas são as sete características das pessoas mente aberta x mente fechada, de acordo com Dalio.
Todos nós temos um “default”, um modelo mental padrão que funciona no automático. É importante questionar-se com frequência e perguntar: estou tendo mentalidade aberta ou fechada em relação a isto?
Assim você consegue ter uma atitude mais proativa, positiva, consistente e consciente em relação a si mesmo, ao seu progresso pessoal e profissional e à forma de encarar o mundo das pessoas à sua volta (é importante reconhecer no outro a mentalidade aberta e fechada, para poder adaptar-se de acordo).

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 Por Jhony Ribeiro 

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