Judas Iscariotes
Apóstolo de Cristo
Judas Iscariotes foi um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo. Segundo os Evangelhos canônicos, Judas foi o traidor que vendeu Jesus aos soldados romanos, por 30 moedas de prata.
Judas Iscariotes nasceu em Kerioth, na região da Judeia. Segundo o Novo Testamento, Judas foi o único dos apóstolos que não nasceu na Galileia. Filho de Simão, foi um dos primeiros a juntar-se a Cristo. Por ser o mais instruído tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos e foi designado para cuidar do dinheiro comum.
Segundo o Evangelho de São João, seis dias antes da Páscoa, estando na casa de Lázaro, que havia ressuscitado dos mortos, Maria ungiu os pés de Jesus com perfume de nardo, puro e muito caro. “Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que ia trair Jesus, disse: Por que esse perfume não foi vendido por trezentas moedas de prata, para dar aos pobres?” “Judas disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era um ladrão.” “Ele tomava conta da bolsa comum e roubava do que era depositado nela.” (João 12, 4-5-6).
No Evangelho Segundo São Marcos em “Desfecho do Conflito Morte e Ressurreição” ele relata o momento em que Judas negocia a entrega do Messias, aquele que estava ameaçando o governo dos opressores romanos: “Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, foi ter com os chefes dos sacerdotes, para entregar Jesus. Eles ficaram muito contentes quando ouviram isso, e prometeram dar dinheiro a Judas. Então Judas começou a procurar uma boa oportunidade para entregar Jesus.” (Marcos 14, 10-11).
Durante os preparativos da Ceia da Páscoa, que seria realizada pelos apóstolos, o Evangelho de São Marcos relata: “Ao cair da tarde, Jesus chegou com os Doze”. “Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse: Eu garanto a vocês: um de vocês vai me trair.” “É alguém que come comigo”. Os discípulos começaram a ficar tristes e, um depois do outro, perguntaram a Jesus: “Será que sou eu? Jesus lhes disse: É um dos doze. É aquele que põe comigo a mão no prato.” (Marcos 14, 17-18-19-20).
Depois da última ceia, Jesus foi orar com os apóstolos no jardim de Getsêmani: “Jesus ainda falava, quando chegou Judas, com uma grande multidão armada de espadas e paus. Iam da parte dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo. O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: Jesus é aquele que eu beijar, prendam! Judas logo se aproximou de Jesus, e disse: Salve Mestre. E o beijou. Jesus lhe disse: Amigo, faça logo o que tem a fazer. Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus e o prenderam. (Mateus 26, 47-48-49-50).
Conta São Mateus em seu Evangelho: “Então, Judas, o traidor, ao ver que Jesus fora condenado, sentiu remorso e foi devolver as trinta moedas de prata ao chefe dos sacerdotes e anciãos, dizendo: Pequei, entregando à morte sangue inocente”. (Mateus 26, 3-4-5) Em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se enforcado numa figueira. Também segundo o evangelho, os sacerdotes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue.
Em 6 de abril de 2006, foi publicada na revista National Geographic, uma cópia do manuscrito encontrado em 1970, numa caverna, no Egito. A descoberta traz uma nova versão sobre a traição de Judas. O texto revela que Judas era o discípulo mais fiel a Cristo. Que Judas não teria traído Jesus e sim atendido seu pedido para denunciá-lo aos romanos. O manuscrito foi datado do século III ou IV.
Cordialmente,
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