CÂNTICO DOS DEGRAUS
O livro dos Salmos é um dos mais lidos e utilizados pelo povo cristão. Nele podemos encontrar as expressões mais profundas do coração humano, que nos mostram o quão frágeis somos e como o direcionar-nos a Deus nos proporciona um viver agradável.
Dentro dos 150 Salmos, há um conjunto que possui em sua titulação a nomenclatura de Cântico dos Degraus ou Cântico das Peregrinações (termo hebraico Shirha-maaloth). Tal grupo é composto pelos (Salmos 120 a 134). Estes formam um pequeno livreto, um saltério dentro do Saltério, que poderia ser intitulado: "Não há nenhum lugar como o lar." Mas o lar é onde o coração está, e o coração dos verdadeiros adoradores está sempre no lar do Pai celestial.
A explicação para o nome e para a função deles não é unânime, e diversas possibilidades têm sido levantadas. De modo geral entende-se que estes salmos estavam relacionados com a peregrinação dos judeus em direção à Jerusalém para adoração a Deus. Seriam cânticos entoados durante a viagem, ou na entrada do templo. Foi sugerido que cada um destes salmos teria sido cantado em um dos degraus de acesso ao templo, na chegada dos peregrinos. Outra explicação associa esta série de salmos com o rei Ezequias. Como sabemos do relato de (Isaías 38), o rei clamou e chorou diante de Deus quando foi avisado da iminência da sua morte, e Deus lhe concedeu 15 anos adicionais, usando como sinal de tal beneficência o recuo de 10 graus no relógio de sol do rei. Em sua oração de gratidão, o rei se comprometeu a adorar a Deus todos os dias da sua vida, como vemos em (Is. 38:20)... “O Senhor está prestes a salvar-me; pelo que, tangendo eu meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor”.
Neste propósito expresso na sua oração, Ezequias teria composto 10 salmos (120, 121, 123, 125, 126, 128, 129, 130,132 e, 134), um para cada grau que o relógio retrocedeu. A esses 10 escritos por Ezequias, adicionou (04 salmos de Davi- 122 124,131 e, 133), e (01 de Salomão – 127), de modo a chegar ao total de 15, a quantidade de anos que o Senhor lhe adicionou.
Provavelmente, estes cânticos foram cantados por "peregrinos" subindo para Jerusalém, para uma das festas. Faz-nos lembrar do (Salmo 84), quando os Filhos de Coré cantam: "Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!" O salmista ali está longe da casa de Deus, com muitas saudades dos "átrios do Senhor." Sua atitude é: "Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontra os caminhos aplanados" (84:5).
Provavelmente, estes cânticos foram cantados por "peregrinos" subindo para Jerusalém, para uma das festas. Faz-nos lembrar do (Salmo 84), quando os Filhos de Coré cantam: "Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!" O salmista ali está longe da casa de Deus, com muitas saudades dos "átrios do Senhor." Sua atitude é: "Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontra os caminhos aplanados" (84:5).
A realidade é que estes quinze Salmos amplificam o tema dos peregrinos saudosos dos pátios de Deus. alguns acham que os Salmos são pós-exílios e, portanto, refletem os hinos cantados pelos judeus voltando a Jerusalém após dos 70 anos de cativeiro em Babilônia. Há um desejo intenso por parte dos "sem lar" de estarem "na Casa do Senhor" (Salmo 134: 1,2)... Eis aqui, bendizei ao SENHOR todos vós, servos do SENHOR, que assistis na casa do SENHOR todas as noites. Levantai as vossas mãos no santuário, e bendizei ao Senhor. Porque é onde mora o Senhor (132:14). Portanto, o salmista está alegre "quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor" (122:1).
Mas, antes que pudessem permanecer na casa de Deus, eles tinham que fazer uma viagem, uma viagem cheia de perigos e armadilhas. Esta viagem ficava deprimente, às vezes: "A nossa alma está saturada do escárnio dos que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos" (123:4). Mas continuavam caminhando, sabendo que: "O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do céu e da terra" (124:8).
Algumas teorias também encontradas: Uma primeira, segundo essa teoria, a tradição judaica antiga diz que tais Salmos faziam parte de uma liturgia associada a 15 passos que havia entre os pátios do Templo; a segunda, sugere que esses poemas eram cantados pelos peregrinos quando regressaram da Babilônia para Jerusalém ao final do exílio; Uma terceira teoria tem mais haver com o estilo dos Salmos, que manifestam uma progressão bem marcada de temas e pensamentos. Os degraus são compreendidos como uma sucessão de passos dados do vale do choro até à presença de Deus: Observemos os degraus, um a um:
-(1º degrau) - Degrau da aflição (Sal. 120:1)... Na minha angústia clamei ao SENHOR, e me ouviu.
-(2º degrau) - Resposta em Deus (Sal. 121:2)... O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra.
-(3º degrau) - Gozo na casa do Senhor: (Sal. 122:1)... Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.
-(4º degrau) - Invocação; (Sal.123:3)... Tem piedade de nós, ó Senhor, tem piedade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo.
-(5º degrau) - agradecimento; (Sal.124:7)... A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.
-(6º degrau) - Confiança; (Sal. 125:1)... Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre.
-(7º degrau) – Livramento e intervenção de Deus. (Sal. 126: 1,2)... QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.
-(8º degrau) - Segurança em Deus; (Sal.127: 1,2)... SE o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
-(9º degrau) - Feliz o que teme ao Senhor; (Sal. 128:1 e 2)... BEM-AVENTURADO aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
-(10º degrau) - Livramento na angustia; (Sal. 129:1-2)... MUITAS vezes me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel; Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade; todavia não prevaleceram contra mim.
-(11º degrau) - Anseio da alma; (Sal. 130: 5,6)... Aguardo ao SENHOR; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela manhã, mais do que aqueles que guardam pela manhã.
-(12º degrau) - Humildade; (Sal. 131:1-2)... Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.
Mas, antes que pudessem permanecer na casa de Deus, eles tinham que fazer uma viagem, uma viagem cheia de perigos e armadilhas. Esta viagem ficava deprimente, às vezes: "A nossa alma está saturada do escárnio dos que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos" (123:4). Mas continuavam caminhando, sabendo que: "O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do céu e da terra" (124:8).
Algumas teorias também encontradas: Uma primeira, segundo essa teoria, a tradição judaica antiga diz que tais Salmos faziam parte de uma liturgia associada a 15 passos que havia entre os pátios do Templo; a segunda, sugere que esses poemas eram cantados pelos peregrinos quando regressaram da Babilônia para Jerusalém ao final do exílio; Uma terceira teoria tem mais haver com o estilo dos Salmos, que manifestam uma progressão bem marcada de temas e pensamentos. Os degraus são compreendidos como uma sucessão de passos dados do vale do choro até à presença de Deus: Observemos os degraus, um a um:
-(1º degrau) - Degrau da aflição (Sal. 120:1)... Na minha angústia clamei ao SENHOR, e me ouviu.
-(2º degrau) - Resposta em Deus (Sal. 121:2)... O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra.
-(3º degrau) - Gozo na casa do Senhor: (Sal. 122:1)... Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.
-(4º degrau) - Invocação; (Sal.123:3)... Tem piedade de nós, ó Senhor, tem piedade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo.
-(5º degrau) - agradecimento; (Sal.124:7)... A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.
-(6º degrau) - Confiança; (Sal. 125:1)... Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre.
-(7º degrau) – Livramento e intervenção de Deus. (Sal. 126: 1,2)... QUANDO o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.
-(8º degrau) - Segurança em Deus; (Sal.127: 1,2)... SE o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
-(9º degrau) - Feliz o que teme ao Senhor; (Sal. 128:1 e 2)... BEM-AVENTURADO aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
-(10º degrau) - Livramento na angustia; (Sal. 129:1-2)... MUITAS vezes me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel; Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade; todavia não prevaleceram contra mim.
-(11º degrau) - Anseio da alma; (Sal. 130: 5,6)... Aguardo ao SENHOR; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela manhã, mais do que aqueles que guardam pela manhã.
-(12º degrau) - Humildade; (Sal. 131:1-2)... Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.
-(13º degrau) - Dedicação ao Senhor; (Sal. 132: 3,4,5)... Certamente que não entrarei na tenda de minha casa, nem subirei à minha cama, Não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, Enquanto não achar lugar para o SENHOR, uma morada para o poderoso Deus de Jacó.
-(14º degrau) - Bênção na união; (Sal. 133: 1,2,3)... OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.
-(15º degrau) - Convite ao Louvor: (Sal. 134: 1,2,3)... EIS aqui, bendizei ao SENHOR todos vós, servos do SENHOR, que assistis na casa do SENHOR todas as noites. Levantai as vossas mãos no santuário, e bendizei ao SENHOR. O SENHOR que fez o céu e a terra te abençoe desde Sião.
Nós, também estamos acostumados a perguntar: "De onde me virá o socorro?" A resposta: "Do Senhor, que fez o céu e a terra" (121:1-2). Tentações e provações são a sina dos moradores da terra. Mas para aqueles cujos corações estão postos na peregrinação, estas mudanças induzem-nos a concentrar nossa atenção diretamente no Senhor que fez o céu e a terra. Assim, aguardamos o Senhor e temos esperança no Senhor e em sua palavra (130:5, 6), e gozamos a vida simples de um peregrino (131:13).
Um espírito quieto e calmo prevalece, porque, apesar do tumulto à nossa volta, Deus ainda está no céu. Então: "Entremos na sua morada, adoremos ante estrado de seus pés" (132:7).
Um espírito quieto e calmo prevalece, porque, apesar do tumulto à nossa volta, Deus ainda está no céu. Então: "Entremos na sua morada, adoremos ante estrado de seus pés" (132:7).
Nos também pagamos o preço por nos tornarmos estrangeiros na terra, mas podemos gozar o preço porque sabemos que grandes cousas o Senhor tem feito; "por isso, estamos alegres" (126:3). Semeamos em lágrimas aqui, mas colheremos em alegria. "Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes" (126:6). Nosso propósito, aqui, é semear, às vezes em lágrimas. A colheita virá mais tarde. Mas o saber que colheremos alegra-nos agora. Por isso mesmo agora podemos saborear um pouco do que estaremos fazendo em toda a eternidade: estar "na Casa do Senhor", erguer nossas "mãos para o santuário", e bendizer ao Senhor (134:1-2).
Fontes:
Bíblia Sagra (NVI) (RA).
Bíblia Sagra (NVI) (RA).