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domingo, 18 de março de 2018

VOCÊ SABE QUAL É A DIFERENÇA ENTRE EVANGELHO E RELIGIÃO? Clique para ler.

VOCÊ SABE QUAL É A DIFERENÇA ENTRE EVANGELHO E RELIGIÃO?
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Timothy Keller, em seu livro Fé na Era do Ceticismo, afirma  existir  um grande abismo entre a visão de que Deus nos aceita em decorrência de nosso esforço e a visão de Deus nos aceita com base no que Jesus fez.
Muitas são as diferenças entre religião e evangelho; analisemos as cinco abordadas pelo autor.

1. Diferentes em princípios

A religião atua segundo o princípio “obedeço, logo, sou aceito por Deus”, mas o evangelho funciona segundo o princípio “sou aceito por Deus por meio do que Cristo fez, logo, obedeço. Na religião, tentamos obedecer aos padrões divinos por medo. Acreditamos que se não obedecermos, perderemos a benção de Deus neste mundo e no próximo. No evangelho a motivação é nossa gratidão pela benção já recebida por causa de Cristo.

2. Diferentes em motivações

Enquanto o moralista é obrigado a obedecer, motivado pelo medo da rejeição, o cristão se apressa a obedecer, motivado pelo desejo de agradar e de se parecer com aquele que deu a vida por nós.

3. Diferentes em senso de identidade e autoestima

Em um contexto religioso, sentimos estar satisfazendo os padrões religiosos que nós mesmos escolhemos, daí a sensação de superioridade e o desdém com relação aos que não seguem o verdadeiro caminho. O evangelho cristão diz que somos tão falhos que Jesus precisou morrer por nós, mas ainda assim somos amados e valorizados (e Jesus fez questão de morrer por nós). Isso leva, ao mesmo tempo, a uma humildade profunda e a uma profunda confiança. Acaba tanto com a presunção quanto com a lamúria. O cristão não pensa mais ou menos de si.Em vez disso, o cristão pensa  menos em si.

4. Diferentes maneiras de tratar o Outro (aqueles que não compartilham das mesmas crenças e práticas)

Os pensadores pós-modernos entendem que o “eu” é formado e fortalecido por meio da exclusão do Outro (aqueles que não possuem os valores ou características sobre os quais baseamos nossa própria importância). Infla-se o senso de valor desvalorizando os que pertencem a outras raças e têm outras crenças e características.
A identidade do evangelho nos fornece uma nova base para interações sociais harmoniosas e justas. O valor de um cristão não é construído através da exclusão de alguém, mas por meio do Senhor que foi excluído em nosso benefício. Isso significa que o cristão não despreza quem não crê como ele crê, já que não se baseia em doutrinas e práticas próprias. O evangelho nos possibilita escapar à suscetibilidade, à postura defensiva e à necessidade de criticar os outros. A identidade do cristão não se baseia na necessidade de ser visto como individuo bom, mas na avaliação de que Deus faz de nós em Cristo.

5. Diferentes maneiras de lidar com os problemas e o sofrimento

A religião moralista faz seus adeptos se convencerem de que se levarem uma vida de retidão, Deus (e os outros) lhe deverá respeito e favores, e eles merecerão uma vida decente e feliz. No entanto, se a vida começar a desandar, os moralistas sentirão uma raiva debilitante. Ficarão revoltados com Deus (ou com o “universo”) por acharem que, já que vivem melhor que os outros, deveriam ter uma vida melhor, ou sentirão profundo rancor de si mesmos, incapazes de se livrar da sensação de não ter vivido como deviam.
O evangelho, porém, possibilita escapar da espiral de amargura, autocensura e desespero quando as coisas não vão bem na vida. Sabemos que a premissa básica da religião – se vivermos bem, as coisas darão certo – está errada. Jesus foi a pessoa mais correta do ponto de vista moral que já existiu, mas em sua vida não faltaram pobreza, rejeição, injustiça e até mesmo tortura.
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Nas palavras de Tim Keller, “a mensagem básica do cristianismo se distingue na raiz dos pressupostos da religião tradicional. Os fundadores de todas as outras principais religiões eram, em essência, mestres, não salvadores. Eles vieram para dizer: “Faça isso e você encontrará o divino”, mas Jesus veio essencialmente como salvador e não como mestre (embora também tenha ensinado). Ele disse: “Sou o divino que veio até vocês, para fazer o que vocês não eram capazes de fazer sozinhos”. A mensagem cristã é de que não somos salvos pelo nosso histórico; por isso, o cristianismo não é religião nem irreligião, mas algo totalmente diverso.
Michael Horton, em seu livro Cristianismo Sem Cristo, afirma que confundir lei e evangelho é a tendência mais natural do coração caído. Para ele, “todas as religiões – incluindo o “cristianismo sem cristo”, que não é cristianismo de jeito nenhum – pressupõem alguma forma de redenção por esforço próprio. É sempre surpreendente, irracional e até mesmo ofensivo para os seres humanos ouvir que a salvação não depende da decisão ou do esforço humano, mas de Deus, que mostra misericórdia (Rm 9.16).”
Ao discorrer sobre por que a lei faz sentido e o evangelho parece estranho, Horton conclui: “Então, há realmente apenas duas religiões no mundo: a religião do esforço humanopara ascender a Deus por meio de obras, sentimentos, atitudes e experiências piedosas, e a religião das boas-novas da descida misericordiosa de Deus até nos em seu Filho. As religiões, filosofias, ideologias e espiritualidades do mundo diferem apenas nos detalhes. Independente de estarmos falando de Dalai Lama ou do Dr. Phill, do Islã ou da Oprah, de liberais ou conservadores, a convicção mais intuitiva é a de que somos boas pessoas que precisam de bons conselhos, não pecadores impotentes que precisam de boas-novas.” 


Cordialmente,

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