Demonologia
Fantasmas, assombrações, espíritos dos mortos, fenômenos, milagres de imagens, aparições, anjos e quantas outras coisas estranhas dizem ouvir os homens. Mas, seres espirituais existem mesmo? Ou é apenas a superstição dos menos cultos, ou ainda será influência da cultura de uma época distante, como a Idade Média? Descobriremos para surpresa de alguns e certeza dos que já sabem de que o mundo espiritual é uma realidade. Não apenas os anjos, mas “Demônios São Reais”. Vamos ver a respeito deste intrigante assunto que permanece vivo no meio da humanidade a da Igreja de Cristo na Terra.
DEFINIÇÃO
A palavra demonologia é como as demais logias que encontramos no estudo das ciências; derivando-se do grego. É a junção de demono + logia. Demono = demônios, divindades, deidades, gênios, deuses. Logia = estudo, conhecimento, ciência. Podemos então definia a demonologia como uma ciência que estuda sistematicamente a respeito de tudo o que se diz respeito aos demônios.
Segundo o Dicionário Teológico, pg 113: “DEMONOLOGIA – [Do gr. Dáimon, demônio +logia, estudo sistemático] Estudo sistemático e lógico que tem por objetivo investigar a origem, o caráter, as obras e o destino final dos demônios. Em Teologia Sistemática, a demonologia, via de regra, é enfocada na mesma seção onde são estudados os anjos bons”.
OBJETIVO
Neste estudo não temos a pretensão de formar demonólogos – quer sejam cristãos, pagãos, ou ateus; ou quaisquer que sejam sua crença e fé – ou transmitir uma profunda quantidade de conhecimento a respeito do assunto, mas procuraremos passar uma noção sobre este tema “DEMONOLOGIA”, as vezes esquecido dentro de nossas igrejas ou até proibido como se nós não devêssemos conhecer nosso inimigo, ao ponto de saber o ponto fraco onde podemos derrotá-lo em nossos confrontos. Porque não falar a respeito do demônio? Porque não ensinar seu ponto fraco e como derrotá-lo? Porque não libertar as pessoas possessas de demônios? – Tem sido algo que esta acontecendo em algumas igrejas, mesmo sendo povo escolhido e com uma missão a realizar; muitos possuem a idéia a nosso ver equivocada de “obra do Senhor”. Uns priorizam como obra a construção de templos outros ainda destacam a música e o louvor – justificam que precisam de espaço maior para reuniões festivas e congressos outros alegam que no céu somente iremos louvar, por isso devemos dedicar nos ao coral, a música, ao conjunto musical, a banda. Mas, o que ensinou Jesus? Qual foi a Grande Comissão? Jesus não disse construam Templos como o de Herodes, ou Levantem músicos como os de Davi. Mas sim, depois de treinar seus discípulos, revestiu-os de poder e ordenou pregassem o evangelho de uma maneira sobrenatural, onde os sinais do Espírito Santo os acompanhariam. – Para não desviemos nosso foco da missão deixada por Cristo para sua igreja vamos aprender a respeito de mais uma área que urge em nosso meio. Passaremos a agora a ter uma orientação básica e prática a respeito de nosso tema. Essa orientação não é apenas a título de curiosidade para pessoas comuns ou para cristãos que desejam servir melhor Jesus; mas para obreiros leigos que não receberam aparentemente orientação nenhuma e por isso não sabem como agir quando é manifesta uma possessão demoníaca na igreja. Esperamos contribuir no aumento de conhecimento e preparo de todos que quer servir melhor a Cristo e serem aproveitados como obreiros úteis á seus pastores e dirigentes.
DEMÔNIOS
Termos de origem grega daimon – os demônios são seres espirituais que originalmente foram criados por Deus como anjos compondo seus exércitos celestiais “(Gênesis 2:1) – Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.”. Como os anjos os demônios também possuem suas diversas categorias. Como seres espirituais não possuem corpo físico; isso não impedindo de assumirem a forma que desejarem quer seja de um animal, ou de um ser humano quer seja homem ou mulher, ou ainda criança.
O termo demônio é utilizado para designar a divindade, o gênio ou o deus; no caso de demônios – deuses.
Segundo a Enciclopédia Encarta 2001: “Demônios, espíritos que tentam os seres humanos. Idéia que se identifica com a maldade, o vício, o comportamento sedutor e apavorante. O imaginário popular descreve o demônio em sua representação clássica: magro, com chifres e um rabo terminado em forma de seta. Sua presença é anunciada pelo cheiro de enxofre. Às vezes, aparecem como cães, bodes, porcos, moscas ou morcegos. Porém, não podem tomar a forma dos animais ligados ao presépio: boi, jumento, galo, ovelha. Presença constante na cultura popular, nas cantigas, nos cordéis e na linguagem onde, entre outros epítetos, é chamado de o “avesso do direito”, Pedro Botelho, cambito, pé-preto, capeta, maioral, demo e excomungado. Os demônios fazem contratos de riqueza em troca da alma do contratante. Fogem dos cruzeiros, do sinal da cruz e da água benta. Conversam com seus devotos nas encruzilhadas à meia noite e são ligados às bruxas e feiticeiras. Na literatura oral são sempre derrotados. No conto popular há o ciclo do demônio logrado.”
Segundo o Dicionário Teológico, pg 112: “DEMÔNIOS – [Do gr. Dáimon] Entidades espirituais que compõem as hostes de Satanás (Ef. 6.12). Cognominados também de anjos do mal, têm como finalidade prejudicar a obra de Deus, apoderar-se dos seres humanos e promover o pecado (At 16.16-18; Lc 4.41; 1Tm 4.1). Entre os antigos gregos, os demônios eram uma espécie de gênio que tinham como tarefa iluminar os seres humanos. Tanto é que o étimo da palavra demônio significa justamente fazer brilhar o fogo. Com o surgimento do Cristianismo, receberam o epíteto que sempre deveriam ter tido: agentes do mal e da opressão. Aos demônios, está reservado o castigo eterno: o lago de fogo (Mt 25.41)”.
Segundo o Dicionário da Bíblia, pg 158: “DEMÔNIO Entre os gregos tinha várias significações: Era um deus, ou uma divindade no sentido geral; o gênio ou a fortuna; a alma de alguém que pertenceu à idade de ouro e que agora se transformou em divindade tutelar; um deus de categoria inferior. Em o Novo Testamento é o nome que se dá ao espírito maligno em Lc 8.29; 10.17-20. Este nome pertence especialmente aos deuses dos pagãos, Dt 32.17; Sl106.37; 1Co10.20; comp, Ap 9.20, e dá-se também aos espíritos inferiores sujeitos ao Diabo, Mt 12.24-27; Lc 4.23; Tg2.19; Ap16.14. Os judeus tinham várias noções sobre o assunto; que os demônios eram as almas dos maus (Guerras 7.6,3); e poderiam ser exorcizados por meio de raízes e do nome de Salomão (Ant. 8.2.5.), ou expelidos pela fumaça do coração ou do fígado de peixes queimados (Tobias 6.7,16,17).”.
Segundo o Dicionário VINE, pg 543: “DEMÔNIO A . Substantivo. 1.daimõn, “demônio”, significava, entre os gregos pagãos, uma deidade inferior, quer boa ou ruim. No Novo Testamento, denota um “espírito maligno”. É usado em Mt 8.31. Uns derivam a palavra de uma raiz da-, significando “distribuir”. É mais provável que seja proveniente de uma raiz semelhante da-, que significa “saber”, e, por conseguinte, quer dizer “sabedor, conhecedor, astuto, esperto, entendido”. 2.daimonion, não é diminutivo de daimõn, nº1, mas é o neutro do adjetivo daimonios, “que pertence a um demônio”. Em At17.18, denota uma deidade inferior pagã. “Demônios” são agentes espirituais que agem em toda a idolatria. O ídolo em si não é nada, mas todo ídolo tem um “demônio” associado a ele que induz à idolatria, com sua adoração e sacrifícios (1Co 10.20,21; Ap 9.20; cf. Dt 32.17; Is 13.21; 34.14; 65.3,11). Eles disseminam erros entre os homens, e procuram seduzir os crentes (1Tm 4.1). Na função de espíritos sedutores, eles enganam os homens na pressuposição de que, por meio de médiuns (aqueles que têm “espíritos familiares”, por exemplo, Lv 20.6,27)), eles podem conversar com os seres humanos falecidos. Por conseguinte, o engano destrutivo do espiritismo, proibido nas Escrituras (Lv 19.31; Dt 18.11; Is 8.19). Os “demônios” tremem diante de Deus (Tg 2.19); eles reconheceram Cristo como Senhor e como o futuro Juiz que os julgará (Mt 8.29; Lc 4.41). Cristo, pelo Seu próprio poder, expulsou os “demônios” dos seres humanos. Os discípulos fizeram o mesmo no nome dEle, e exercendo a fé (por exemplo, Mt 17.20). Agindo sob a orientação de Satanás (cf. Ap 16.13,14), os “demônios” têm a permissão de afligir com doenças físicas (Lc 13.16). Sendo imundos, eles tentam os seres humanos com pensamentos impuros (por exemplo, Mt 10.1; Mc 5.2; 7.25; Lc 8.27-29; Ap 16.13; 18.2). Eles diferem em graus de maldade (Mt 12.45). No término desta era, eles instigarão os governantes das nações a fazerem guerra contra Deus e o Seu Cristo (Ap 16.14). B.Verbo. daimonizomai significa “endemoninhado, ser possuído por demônio, agir sob o controle de um demônio”.
Aqueles que são afligidos dessa maneira expressam a mente e a consciência do “demônio” ou “demônios” que neles habita (por exemplo, Lc 8.28). O verbo é encontrado principalmente em Mateus e Marcos (Mt 4.24; 8.16,28,33; 9.32; 12.22; 15.22; Mc 1.32; 5.15,16,18); em outros lugares, ocorre em Lc 8.36 e Jo 10.21. C.
Adjetivo. da imoniõdes significa “procedente ou semelhante a um demônio, demoníaco”, e ocorre em Tg 3.15.”.
LENDAS
Existem várias lendas ou mitos que servem de ilustração e auxílio na compreensão dos chamados fenômenos metafísicos ou distúrbios mentais que pode acometer os seres humanos.
Segundo a Enciclopédia Encarta 2001: Metafísica – ” Metafísica, ramo da filosofia que trata da natureza da realidade última. Está dividida em ontologia, que trata dos inúmeros tipos fundamentais de entidades que compõem o universo, e a metafísica propriamente dita, que se preocupa com a apreensão dos traços mais gerais da realidade. Esta última pode atingir um alto grau de abstração. A ontologia, ao contrário, está mais relacionada com o plano físico da experiência humana.Acredita-se que o termo metafísica tenha sido utilizado pela primeira vez por Andrônico de Rodes. Na adaptação que fez das obras de Aristóteles, ao tratado chamado Filosofia primeira ou Teologia seguia-se o tratado de Física. Segundo ele, a referida Filosofia ficou conhecida como met(ta)-physica, ou seja, ‘além da física’. Os temas tratados na Metafísica de Aristóteles (substância, causalidade, natureza do ser e existência de Deus) estabeleceram o conteúdo da especulação metafísica ao longo de séculos.Bem antes da época de Kant, esta disciplina se caracterizava por uma tendência a elaborar teorias fundamentadas do conhecimento a priori, o saber que vem apenas da razão. Esta corrente é conhecida como racionalismo e pode ser subdividida em monismo e dualismo. Entre os representantes do primeiro, encontram-se George Berkeley, Thomas Hobbes e Baruch Spinoza. O representante mais conhecido do dualismo é René Descartes. Outros filósofos têm afirmado que o conhecimento da realidade só pode ser obtido a partir da experiência. Este tipo de metafísica chama-se empirismo. A crença de que o conhecimento é apenas um reflexo das percepções humanas denomina-se ceticismo ou agnosticismo em relação à alma humana e à realidade de Deus. Immanuel Kant elaborou uma filosofia crítica diferente, chamada transcendentalismo. Seu pensamento é agnóstico, porque nega a possibilidade de um conhecimento exato da realidade última; é empírico, na medida em que afirma que todo conhecimento surge da experiência e é objeto de uma experiência real e possível; e é racionalista enquanto mantém o caráter apriorístico dos princípios estruturais deste conhecimento empírico. Alguns dos seguidores mais importantes de Kant, especialmente Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Schelling e Georg Wilhelm Friedrich Hegel, desenvolveram um idealismo absoluto, a partir do qual surgiriam múltiplas teorias metafísicas. Entre elas, cabe ressaltar o empirismo radical ou pragmatismo; o voluntarismo, representado por Arthur Schopenhauer e por Josiah Royce; o positivismo da obra de Auguste Comte e de Herbert Spencer; a evolução emergente, proposta por Henri Bergson; e a filosofia do organicismo, elaborada por Alfred North Whitehead. No século XX, a validade do pensamento metafísico foi discutida pelos positivistas lógicos (ver filosofia analítica) e pelo chamado materialismo dialético dos marxistas. O existencialismo deu um novo impulso à reflexão sobre o ser.”.
Segundo a Enciclopédia Encarta 2001: Distúrbios Mentais – “Distúrbios mentais 1.Introdução – Distúrbios mentais, distúrbios ou síndromes psíquicas e de comportamento. Geram angústia e causam danos em importantes áreas do funcionamento psíquico, afetando o equilíbrio emocional, o rendimento intelectual e o comportamento social adaptativo. A maioria dos sistemas de classificação reconhecem os distúrbios infantis como categorias separadas dos distúrbios adultos. Também distinguem entre distúrbios orgânicos, provocados por uma causa fisiológica clara, e distúrbios não orgânicos ou funcionais, considerados mais leves. Em função da gravidade e da base orgânica, os distúrbios se dividem em psicóticos (perda da realidade) e neuróticos (mal-estar e ansiedade sem perder o contato com a realidade). As psicoses mais comuns são a esquizofrenia, a maior parte dos transtornos neurológicos e cerebrais (demências) e as formas extremas de depressão. Entre as neuroses, as mais típicas são as fobias, a histeria, a hipocondria e todas que geram uma alta dose de ansiedade sem que haja desconexão com a realidade. 2.Transtornos Infantis – Mostram-se evidentes na infância, puberdade e adolescência. O retardo mental é a incapacidade para aprender com normalidade, ser independente e socialmente responsável como outras pessoas da mesma idade e cultura. A hiperatividade é uma desordem que parte de um déficit na atenção e na concentração devido a uma inquietude constante e patológica.Os distúrbios ansiosos compreendem o medo da separação (da casa dos pais) e o contato com estranhos, gerando um comportamento pusilânime e medroso.Os distúrbios mentais evasivos se caracterizam pela distorção simultânea de várias funções psíquicas, como a atenção, a percepção, a avaliação da realidade e a motricidade. Exemplo deste transtorno é o autismo infantil. Outros transtornos infantis são a bulimia, a anorexia nervosa, os deficiências da fala e a enurese. 3.Transtornos Orgânicos Mentais – Caracterizam-se pela anormalidade psíquica e do comportamento associados a deteriorações transitórias ou permanentes no funcionamento do cérebro. O dano cerebral procede de uma enfermidade orgânica ou de consumo de alguma droga lesiva. Apresentam, como característica principal, o delírio. A demência é outro sintoma freqüente dos transtornos orgânicos, como a doença de Alzheimer, e se caracteriza por perdas de memória, percepção, juízo e atenção. A demência senil acontece na terceira idade e produz alterações na expressão emocional. 4.Outros Transtornos – Os transtornos paranóicos se caracterizam por idéias delirantes. As mais típicas são as de perseguição (o indivíduo se considera vítima de uma conspiração), de grandeza (ele acredita ser de natureza nobre, santa ou divina) e de ciúme desmedido. Em qualquer caso, a personalidade paranóide é defensiva, rígida, desconfiada, egocêntrica, ela se isola e pode ficar violentamente antisocial. Ver Personalidade.”.
As lendas são algo presente na sociedade desde a antiguidade dos povos. Ainda que transmitidas muitas vezes oralmente, sendo assim passiveis de um exagero ou redução do episódio narrado. Possuem, ainda que em pequena quantidade um fundo de verdade.
Fenômenos, por serem aumentados não quer dizer que não existam ou ocorram. Algumas dessas lendas são atestadas por pessoas idôneas que dizem ser testemunhas de fatos extraordinários, como:*casas que abrem e fecham as janelas e portas sozinhas; *animais que percebem algo estranho mas não se consegue ver nada; *pedras atiradas sobre a casa e barulho de passos ou vozes. São exemplos do que costuma-se chamar de assombração. Essas assombrações também podem ser através de aparentes pessoas que após certo incidente passe a descobrir que foi um “incubo” ou um “súcubo”, o que realmente esteve em contato conosco.
INCUBO
Um Incubo é como se chamava o demônio na forma masculina lá pelos idos da idade média.
Segundo a Enciclopédia Encarta 2001: Incubo – “Íncubo, no folclore europeu medieval, demônio masculino que procurava contato carnal com as mulheres enquanto elas dormiam. Segundo a lenda, o íncubo – e seu oposto feminino, o súcubo – eram anjos dissidentes.”.
SÚCUBO
Um Súcubo é como se chamava o demônio na forma feminina lá pelos idos da idade média. Sendo o oposto de um íncubo.
PRINCIPE
Um príncipe no que tange aos demônios é um demônio que detêm o governo espiritual de um determinado território, exercendo este tipo de governo em sua jurisdição.
“(Daniel 10:13) – Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.”.
Segundo a Bíblia de Estudo Plenitude, pg 848: ” Este é um dos exemplos mais claros do AT de que exércitos demoníacos se opõem aos propósitos de Deus e de que lutas terrenas, muitas vezes, refletem o que acontece no mundo celestial e que a oração e o jejum podem afetar o resultado. O príncipe… da Pérsia seria o cabeça das forças espirituais organizadas em apoio à Pérsia pecadora, especialmente em relação à sua interação destrutiva com o povo de Deus. Miguel é um anjo graduado. A natureza exata do conflito e a razão pela qual o mensageiro não podia derrotar o príncipe não são explicadas.”.
ESPIRITOS FAMILIARES
Podemos perceber a presença dos espíritos familiares tanto nos relatos bíblicos quanto em nossos dias. Os espíritos estão ligados aos ídolos estes eram utilizados como protetores familiares onde guarneciam as casas e famílias. As divindades protetoras eram sujeitas ao território ou seja a cidade ou ao povo onde a pessoa pertencia. Como vemos no caso de Noemi, onde despediu suas noras e Rute escolheu acompanhá-la testificando que o Deus de sua sogra também seria seu Deus.
“( Rute 1:16 ) – Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus;”.
O ídolo na casa de Mica onde o levita servia como sacerdote é um exemplo de uma deidade familiar protetora onde Mica a tinha para proteger seu lar e precisava de uma sacerdote para interceder e sacrificar a seu favor e de sua família.
“( Juízes 17:5 ) – E teve este homem, Mica, uma casa de deuses; e fez um éfode e terafins, e consagrou um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote.”.
“( Juízes 17:12 ) – E Mica consagrou o levita, e aquele moço lhe foi por sacerdote; e esteve em casa de Mica.”.
Além de serem deidades tidas como protetoras os espíritos familiares são demônios que seguem uma família às vezes por gerações oprimindo seus familiares ou apenas um deles como se fosse um pára-raios. Muitas vezes um filho pode ser possesso por um desses espíritos ou por uma legião.
“( Marcos 7:26 ) – E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.”.
SATANÁS
Satanás é o nome do Anjo de Luz que liderou a rebelião celeste onde consigo arrastou um terço das estrelas do firmamento para a terra. Seu nome era Lúcifer que é Latim e quer dizer Portador de Luz, chamado também “Estrela da Manhã”.
“( Isaías 14:12 ) – Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!”.
Segundo o Dicionário Teológico, pg 208: “LÚCIFER – [ Do lat. Luciferus, aquele que trás a luz ] Designação conferida ao arquiinimigo de Deus tendo em vista a sua primitiva ocupação nas regiões celestes: levar a luz ( Is 14.12 ). Antes de haver se rebelado contra o Senhor, era o ser angélico de maior expressividade. Ninguém lhe era superior. Agora, porém, ei-lo como o senhor das regiões tenebrosas.”. Também é apresentado no Gênesis como a Serpente do Éden, onde esta engana Eva e Adão e sua auxiliadora são expulsos do paraíso pelo pecado da desobediência. “( Gênesis 3:1 ) – ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?”.
Segundo História dos Hebreus, pg 49: “Havia então perfeita união entre todos os animais e a serpente estava muito acostumada com Adão e Eva. Como sua malícia a fizesse invejar a felicidade de que deviam gozar, se observassem a ordem de Deus e julgasse ela, que . ao contrário, eles seriam vítimas de todas as desgraças, se desobedecessem, persuadiu a Eva a comer o fruto proibido.”.
A Escritura também faz menção de Satanás como sendo o “Dragão”, o qual será acorrentado por mil anos durante o período do milênio de paz sobre a terra.
“( Apocalipse 20:2 ) – Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.”.
Segundo o Dicionário da Bíblia, pg 166: “DRAGÃO ( do grego drakon ) … O dragão do Novo Testamento é a imagem da velha serpente, diabo e satanás, Ap 12.9; 20.2, representado simbolicamente coma cor vermelha, tendo sete cabeças e dez cornos, e uma cauda enorme, boca donde saía água como um rio, Ap 12.3,4,15; 16.13. Foi precipitado do céu à terra onde perseguiu a Igreja, sendo afinal lançado no Abismo 12.7-17; 20.2,3….”.
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, pg 1997: “UM GRANDE DRAGÃO VERMELHO. Este dragão é Satanás. As sete cabeças, chifres e diademas representam sua grande astúcia e poder.”. Também é chamado Abadon que quer dizer pai da destruição aludindo a uma de suas atribuições “destruir”.
Segundo o Dicionário teológico, pg 24: “ABADON – [ Do heb. Abadom, pai da destruição ] Anjo maligno que, em Apocalipse 9.11, aparece como o condutor de uma horda proveniente das profundezas para atormentar a humanidade no período da Grande Tribulação. Na língua grega, o referido ser recebe o epíteto de Apollyon.”.
Também chamado Diabo que quer dizer acusador, caluniador.
Segundo o Dicionário VINE, pg 562: “DIABO diabolos, “acusador, caluniador” ( detrivado de diaballõ, “acusar, difamar” ), é um dos nomes de Satanás. Deste termo é derivado da “diabo”, em português, e só deveria ser aplicado a Satanás, como nome próprio. O termo daimõn, “demônio”, sempre deve ser traduzido por “demônio”. Há um diabo, mais muitos demônios. Sendo o maligno inimigo de Deus e dos homens, ele põe o homem contra Deus ( Jó1.6-11; 2.1-5; Ap 12.9,10 ), e Deus contra os homens ( Gn 3 ). Ele aflige os homens com sofrimentos físicos ( At 10.38 )….”.
OPRESSÃO
Uma opressão demoníaca é algo diferente de uma possessão demoníaca, ou até mesmo uma possessão satânica. Uma pessoa que esta sofrendo de uma opressão demoníaca possui certas características. Ouve vozes, vê vultos, têm dor de cabeça constante, sofre de insônia, sofre de ataque epilético. Logicamente que não se pode atribuir uma possessão ou uma questão psicológica ou psiquiátrica. Uma opressão é causada por um ou mais demônios que pressionam uma pessoa de maneira a produzir todas estas características.
Na opressão a pessoa é atacada externamente de maneira sobre natural e não internamente como na possessão. Pânico, alucinação, depressão, convulsão, enxaqueca, podem como percebemos ser efeito de uma opressão demoníaca.
POSSESSÃO
O termo possessão é o domínio de algo ou a posse de alguma coisa.
Segundo o Dicionário de Antônimos e Sinônimos, pg 291: “possessão – 1.posse. 2.colônia, domínio.”.
Também possessão pode referir-se a incorporação espiritual de um filho-de-santo quando recebe o espírito em seu ritual.
Segundo o Dicionário da Enciclopédia Encarta 2001: “possesso Adj. 1.Possuído do Demônio; endemoninhado.”. “possessão s.f. 1.V. colônia. 2. Bras. Ato em que o iniciado ou filho-de-santo recebe o seu orixá, tornando-se o seu cavalo e materializando a divindade.”.
Segundo o Minidicionário Aurélio Séc. XXI, pg 548: “possessão sf. 1. Colônia (3). 2. Estado em que o corpo e/ ou a mente se encontram supostamente dominados por um ser ou força exterior, ou que não se manifesta habitualmente”.
Uma possessão espiritual pode ser de duas maneiras: satânica e demoníaca.
A possessão na Bíblia é chamada “endemoninhamento”, ou seja a pessoa está “endemoninhada”.
“(Mateus 8:16) – E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;”.
No caso da possessão ser efetuada por muitos demônios é chamada de “Legião”.
“(Marcos 5:9) – E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.”.
POSSESSÃO SATÂNICA
Uma possessão é chamada de possessão satânica quando a pessoa possessa coloca-se a serviço de Satanás.
Segundo o Dicionário Teológico, pg 240: “POSSESSÃO SATÂNICA – [Do lat. Possessio, posse, domínio] Alcem da demoníaca, há a possessão satânica. Esta visa a preparação de certos indivíduos a darem consecução aos mais ousados planos de Satanás. Judas é um exemplo típico. Ele deixou-se possuir pelo diabo a fim de que entregasse o Senhor aos algozes (Lc 22.3).”.
Algumas pessoas trabalham a serviço de satanás contra os homens, contra a igreja, e contra Deus. Vão além da mediunidade alegada.
POSSESSÃO DEMONÍACA
Uma possessão demoníaca é quando uma pessoa seja ela mulher ou homem, criança, jovem ou ancião este já dominada sua mente, seu corpo, ou sua mente e seu corpo sendo esta vida atormentada por um ou mais demônios, estes também chamados “espíritos imundos”.
“(Atos 5:16) – E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados.”.
Segundo o Dicionário Teológico, pg 240: “POSSESSÃO DEMONÍACA – [Do lat. possessio, posse, domínio] Condição daquele que é tomado e controlado, psicológica e fisicamente, por espíritos malignos. É um ato invasivo, arbitrário e violento, que leva o possesso a perder completamente o controle sobre os sentidos, órgãos e movimentos.”.
MANIFESTAÇÃO SOBRENATURAL
Uma manifestação sobrenatural de fundo demoníaco é aquela que pode ser assim chamada quando uma residência, ou objetos movem-se sozinhos ou levitam na mesma ou ainda podem ser atirados contra a mesma.
Alguns cientistas chamam esse tipo de fenômeno de “paranomal”. O estudo destes fenômenos deu origem à uma nova ciência denominada parapsicologia. Acredita-se terem os paranormais habilidades como: telequinesia – se refere a possibilidade de mover objetos ou de inferir na matéria com o poder da mente; telepatia – transmissão direta de mensagens, emoções e estados subjetivos de uma a outra pessoa sem falar nem gesticular; clarividência – capacidade para ver objetos e acontecimentos situados fora do alcance da visão normal; adivinhação – prática que tenta descobrir os acontecimentos passados, presentes e futuros através do sobre natural; capacidades estas diferenciadas dos demais seres humanos.
Segundo a Enciclopédia Encarta 2001: “As primeiras investigações feitas em sessões de espiritismo classificaram estes fenômenos em físicos e mentais. Os físicos – telequinesia – se referiam a possibilidade de mover objetos ou de interferir na matéria com o poder da mente. Os fenômenos mentais – percepção extra-sensorial – abrangem a telepatia (transmissão direta de mensagens, emoções e estados subjetivos de uma a outra pessoa sem falar nem gesticular), a clarividência e a adivinhação.”.
Mas na realidade não são os ditos fenômenos paranormais que estão atuando em ocasiões estranhas e assombrosas, mas sim uma manifestação espiritual demoníaca. Espíritos imundos estão apoderando-se da residência ou do local e causando todo o distúrbio observado. Eles (os demônios) podem estar acomodados já a algum tempo no edifício em questão. A sensibilidade dos animais costuma ser maior que a sensibilidade dos seres humanos, por isso eles percebem algo diferem mesmo quando nós ainda não notamos nada de estranho ocorrendo.
EXORCISMO
O termo exorcismo é pouco empregado no meio evangélico, sendo este um termo mais técnico no que diz respeito a retirar ou expelir o demônio ou espírito imundo da pessoa possessa ou do local pelos demônios dominado.
Segundo a Enciclopédia Encarta 2001: “Exorcismo, prática que consiste em expulsar demônios e espíritos malignos das pessoas ou lugares possuídos. Geralmente, o exorcismo é executado por uma pessoa dotada de autoridade religiosa especial, como o sacerdote ou um xamã. Na Bíblia existem diversas referências ao demônio e ao exorcismo. O Novo Testamento relata como Jesus Cristo expulsava os espíritos malignos através da oração. Os sacerdotes da Igreja católica necessitam permissão especial para praticar o exorcismo.”.
Segundo o Dicionário Teológico, pg 151: “EXORCÍSMO – [Do gr. éxorkismós, esconjurar] Esconjuração de espíritos malignos. Nos primórdios do Cristianismo, não eram raros os exorcistas que, de posse de algumas fórmulas, saíam por Israel e pelas cidades gentias a expulsar demônios. Sua eficácia, porém, ficava circunscrita à liturgia. Haja vista aqueles jovens que tentavam expulsar um espírito maligno em nome “do Jesus a quem Paulo pregava”. Quando da Grande Comissão o Senhor Jesus ordenou aos discípulos que expulsassem os demônios em seu nome (Mc 16). A expulsão dos espíritos malignos, portanto, só tem eficácia quando exercida no santo e maravilhoso nome de Cristo.”.
O exorcismo não é como podemos observar uma prática recente, pois já na antiguidade judaica o mesmo era empregado, mas em nome de Salomão utilizando suas formulas para expelir os demônios, segundo a tradição judaica.
Segundo o Dicionário da Bíblia, pg 153: “DEMÔNIO …Os judeus tinham várias noções sobre o assunto; que os demônios eram as almas dos maus (Guerras 7. 6,3) e poderiam ser exorcizados por meio de raízes e do nome de Salomão (Anti. 8.2,5), ou expelidos pela fumaça do coração ou do fígado de peixes queimados (Tobias 6. 7, 16,17).”.
Segundo a História dos Hebreus, pg 200 [referindo se ao Rei Salomão]: “…Deus lhe havia dado perfeito conhecimento da natureza e de suas propriedades sobre o que ele escreveu um livro; empregou esse conhecimento em compor, para utilidade dos homens, diversos remédios, dentre os quais alguns tinham mesmo a força de expulsar os demônios, que estes não se atreviam a voltar.”.
PRÁTICA DE EXORCISMO
O exorcismo pode ser praticado por aquele que tenha autoridade espiritual e ousadia para enfrentar um demônio manifestado em uma pessoa possessa. Normalmente os detentores do episcopado em sendo pentecostais ou neo-pentecostais exercem esse ministério de libertação em que praticam o exorcismo. Já os sacerdotes romanistas precisam de uma autorização especial para a prática do exorcismo, este somente quando for comprovada a possessão através de um processo próprio. Ainda as denominações tradicionais raramente praticam o exorcismo.
LOCAL DA PRÁTICA
A prática do exorcismo por ser executada na igreja, nas residências, ou onde forem autorizadas e necessárias para libertação das almas oprimidas.
NA IGREJA
O exorcismo é exercido na igreja: normalmente pelo pastor auxiliado pelos obreiros e obreiras treinados para esta necessidade. O preparo dos obreiros deve constar de uma noção de contenção de paciente psiquiátrico para saber agir nas reações da pessoa possessa, primeiros socorros para atender as quedas, estar atento, sempre de prontidão percebendo quando uma pessoa começa a aparentar a manifestação da possessão, para ficar junto dela auxiliado o exorcista no ato da manifestação. O pastor pode designar obreiros que detenham condição para a prática do exorcismo caso necessário como fez o Senhor Jesus.
“(Lucas 10:17) – E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.”.
NA RESIDÊNCIA
O exorcismo é exercido na residência: as manifestações demoníacas podem acontecer também nas residência com uma ou mais pessoas que ali residam, com os animais da casa, ou com a própria casa. O exorcismo nesse caso deve como na igreja ter o cuidado com a integridade física do possesso, devendo ser direcionada uma equipe para esse fim e esta bem preparada. Conforme o costume dos obreiros atuantes no momento deve-se fazer a unção com óleo após a libertação do endemoninhado. Pois o óleo simboliza o Espírito Santo e estará selando a pessoa para que o demônio quando se aproxime da mesma novamente veja a marca do Espírito Santo sobre ela. Não mais a molestando. A oração e o jejum são parte da consagração necessárias para o exorcismo, sendo comprovada sua eficácia.
“(Mateus 17:21) – Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.”.
REAÇÃO DO POSSESSO NO MOMENTO DO EXORCISMO
No momento do exorcismo a pessoa possessa pode apresentar várias maneiras de manifestações, por exemplo: tontura, moleza, desmaio, mudança de personalidade, urros de animais, voz aterradora e palavras ofensivas podendo ser de morte, cospe e afoga para expelir um feitiço ingerido, sente dor causada pelo feitiço ingerido antes de este ser expelido, contorcesse entortando membros e artelhos, pode ficar agressivo derrubando bancos e agredindo pessoas, e muitas outras.
A LIBERTAÇÃO
A libertação da pessoa possessa somente pode dar-se através do nome de Jesus. Sendo o demônio ou a legião expelidos em nome de Jesus pela autoridade eclesiástica competente. Após liberto o ex-possesso deve receber a unção, ou confessar o nome de Jesus para que o demônio ou a legião não volte a molestado.
CONCLUSÃO
Após essa viagem pela realidade concreta da demonologia e a necessidade de termos sua real compreensão para podermos enfrentar problemas demonológicos de uma melhor maneira. Podemos estar melhor preparados teoricamente a seu respeito. Coloquemos em prática aquilo que pudemos compartilhar nesse estudo. Vamos ser conscientes de que estamos em guerra espiritual e nosso preparo para a batalha é necessário.
Deus o abençoe na Paz do Senhor.
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