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sábado, 27 de abril de 2019

LOUCURAS DA RELIGIÃO (PARTE:1) Surpreenda-se

      LOUCURAS DA RELIGIÃO  (PARTE:1)

 Anteriormente escrevi sobre a importância da religião prometendo falar da loucura da mesma. Veja o artigo neste link.  "" A GRANDE IMPORTÂNCIA DA RELIGIÃO  
 Agora faremos uso das 3 grandes religiões monoteístas o cristianismo, judaísmo e islamismo que hoje pregam a paz, a tolerância, a compaixão e o amor ao próximo. Mesmo assim, elas deixaram suas marcas em guerras e banhos de sangue ao longo da história. Para alguns pesquisadores, uma explicação estaria na própria lógica do monoteísmo: se apenas o “meu” Deus é verdadeiro, os “outros” certamente são falsos – e seus seguidores, infiéis. “As religiões são diferentes, mas todas elas exigem a mesma exclusividade”, diz o historiador britânico Christopher Catherwood, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Foi assim com os judeus, os primeiros monoteístas, que reivindicaram uma aliança especial com Deus há 4 mil anos (leia mais na reportagem da pág. 22). Sua noção de “povo eleito” foi atacada por João Crisóstomo e outros patriarcas da Igreja Católica, que no século 4 qualificaram os seguidores do judaísmo de filhos do Diabo e inimigos da raça humana. Em 325, o 1º Concílio de Nicéia culpou-os pela morte de Jesus – uma acusação só retirada em 1965, no Concílio Vaticano 2º, e que insuflou 2 mil anos de injúrias e matanças. Durante a Inquisição, por exemplo, milhares de judeus foram parar na fogueira; outros tantos se converteram em massa à fé cristã, já que o batismo era a única chance de salvação.


No século 7, foi a vez de o islã tentar impor a primazia de seu Deus sobre os demais. Os exércitos de Maomé partiram da Arábia para invadir o Oriente Médio, o norte da África e a Espanha. “O objetivo da expansão não era tanto econômico ou político, como no imperialismo ocidental do século 19, mas a conquista em nome da fé, que eles acreditavam ser a verdadeira”, diz Catherwood. Reconhecidos como “povos do livro”, judeus e cristãos puderam manter sua fé desde que pagassem altos tributos – e, dependendo do governo em exercício, sofriam perseguições.

Assim, quando o papa Urbano 2º lançou as cruzadas para tentar recuperar a Terra Santa, em 1096, os espanhóis já vinham lutando contra os muçulmanos havia quase 400 anos. Urbano prometeu apagar para sempre os pecados de quem embarcasse na empreitada, que fracassou depois de transformar Jerusalém em um cemitério a céu aberto. “Cabeças, mãos e pés se amontoavam nas ruas”, escreveu Raymond de Aguiles, um dos cruzados.
Em 1215, o 4º Concílio de Latrão proibiu os judeus de exercer funções públicas e os obrigou a usar um distintivo de identificação sobre as roupas – medidas que seriam reeditadas no século 20 por Adolf Hitler e o regime nazista. É certo que o Holocausto foi executado no auge da sociedade moderna e racional. Mas a força motriz do genocídio – o antissemitismo – se nutriu dos mitos religiosos arraigados durante séculos na Europa.
Da mesma forma, só é possível entender os conflitos dos anos 90 nos Bálcãs tendo em conta as heranças religiosas do passado. No século 14, a região foi invadida pelos turcos-otomanos – o último império muçulmano, que determinava a identidade das pessoas pela religião a que pertenciam. A maioria delas pôde continuar acreditando no Deus do cristianismo, sem os mesmos direitos dos “fiéis”. Muitos, no entanto, se converteram ao islamismo – e veio o problema. “Os atuais bósnios muçulmanos descendem daqueles que se converteram durante a conquista turca”, diz Catherwood. “Para os sérvios, eles são traidores.”
Cristãos ortodoxos, os sérvios até hoje celebram o ano de 1389 – quando Lazar, chefe das tropas sérvias, morreu enfrentando os muçulmanos e virou mártir. O líder sérvio Slobodan Milosevic invocou esse sacrifício em seus discursos de 1989, acendendo a chama dos confrontos que levariam a uma matança desenfreada.
Nas palavras do historiador americano Mark Juergensmeyer, da Universidade da Califórnia, a linguagem religiosa tem o poder de “trasladar o conflito humano a uma dimensão cósmica”. Traduzindo: no dia-a-dia, não matamos gente; mas, se Deus ordena, podemos. Nesse caso, a violência não seria um ato selvagem, mas o cumprimento da vontade divina.
Fundamentalismos
O século 20 viu crescer uma devoção militante nas principais religiões, chamada popularmente de fundamentalismo. “Alguns fundamentalistas não hesitam em fuzilar devotos numa mesquita ou matar médicos que fazem aborto. A maioria não é violenta, mas rejeita conquistas da modernidade, como a democracia, o pluralismo, a tolerância religiosa e a separação entre religião e Estado”, diz a pesquisadora inglesa Karen Armstrong, autora do livro Em Nome de Deus.
Para esses radicais, nossa sociedade racional e pecadora tem levado a uma crise moral. “O fracasso da modernidade seria causado pela ausência de Deus”, diz o sociólogo francês Jean-Louis Schlegel. Essa reação ocorre não apenas nas religiões monoteístas mas também no hinduísmo e no budismo.
Apesar das enormes diferenças entre os grupos fundamentalistas, eles geralmente buscam reconduzir sua religião ao caminho “puro e verdadeiro” de seus ancestrais. Por isso, os alvos principais são os seguidores moderados de sua própria crença. Foi o caso dos protestantes americanos que, no início do século 20, quiseram se distinguir dos protestantes liberais e se denominaram “fundamentalistas” – daí o nome. Eles queriam voltar aos fundamentos da tradição cristã, o que incluía interpretar a Bíblia da forma mais literal possível e parar de ensinar a Teoria da Evolução nas escolas – uma campanha que ainda divide os EUA.
Dentro do judaísmo foi criado o grupo ultraortodoxo Naturei Karta, que é contra a existência do moderno Estado de Israel. Para esse grupo, o regime israelense é herético porque sua ideologia fundadora – o sionismo – rejeitaria Deus e a Torá (o livro sagrado). Rabinos do Naturei Karta apoiam o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que prega a destruição de Israel.
Já o fundamentalismo islâmico vem do grupo Irmandade Muçulmana, fundado em 1928 no Egito. Para ele, o islã entrou em decadência ao adotar o modo de vida ocidental. Portanto, é preciso derrubar os governos moderados e substituí-los por regimes baseados na sharia – a lei islâmica. São essas ideias que inspiram terroristas como os da Al Qaeda.
Mas o radical islâmico que joga um avião contra um prédio não acredita no mesmo Deus que um muçulmano moderado? Como o Deus de um pode condenar esse crime, se o Deus do outro promete transformá-lo em herói? Aí é que está: o Deus é o mesmo, mas as interpretações de sua mensagem são distintas. O suicídio, por exemplo, sempre foi pecado na tradição islâmica. Hoje, no entanto, é interpretado como martírio pelos fundamentalistas – e usado como arma por terroristas.
Pomos da discórdiaUm resumo de 4 conflitos recentes, sanguinários e de fundo religioso
CONFLITO – Judeus x Muçulmanos
ONDE – Oriente Médio
QUANDO – Em curso desde 1947
RESULTADO – Mais de 7,5 mil mortos de 2000 para cá
O conflito começou como disputa territorial, por causa da criação do Estado de Israel, mas assumiu caráter religioso. Hoje, fundamentalistas judeus e islâmicos são o maior entrave para a paz. Um não aceita a existência do outro e quer varrer o oponente do mapa para sempre.





CONFLITO – Hindus x Muçulmanos
ONDE – Índia e Paquistão
QUANDO – Fim da década de 1950
RESULTADO – 500 mil mortos
A violência eclodiu com o fim do domínio colonial britânico sobre a Índia, em 1947. Os muçulmanos se negaram a integrar um país com os hindus, foram à guerra e criaram o Paquistão. De lá para cá, outros dois conflitos já ocorreram, por causa da disputa pela região da Caxemira.



CONFLITO – Católicos x Protestantes
ONDE – Irlanda do Norte
QUANDO – Décadas de 1960 a 1980
RESULTADO – Quase 4 mil mortos
A rixa histórica entre cristãos irlandeses descambou para a violência embalada por um componente político: de um lado, a maioria protestante (chamada unionista) quer continuar ligada ao Reino Unido; do outro, a minoria católica (nacionalista) almeja pôr fim ao domínio britânico.


CONFLITO – Cristãos x Muçulmanos
ONDE – Bálcãs
QUANDO – Décadas de 1980 e 1990
RESULTADO – Mais de 100 mil mortos
Durante décadas, o ditador comunista Josip Tito manteve as províncias da Iugoslávia unidas à força. Com sua morte, em 1980, o nacionalismo religioso explodiu numa espécie de luta de todos contra todos – incluindo sérvios (ortodoxos), bósnios (muçulmanos) e croatas (católicos).



Estes é apenas um pouquinho de grandes loucuras acometidas pela religião aos longos dos séculos, acompanhe também a segunda parte deste escrito, pois nele irei falar das barbaridades que a religião continua fazendo usando o nome de Deus, irei falar da atualidade que vivemos.      

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Para saber mais
• Em Nome de Deus
Karen Armstrong, Companhia das Letras, 2001.
 Por Jhony Ribeiro 

Cordialmente,

                                

sexta-feira, 12 de abril de 2019

"Carta aos desigrejados e Alerta aos Fieis". Pastores leiam isso por favor.

            "Carta aos desigrejados e Alerta aos Fieis"


 É de apertar o coração ver os tais desigrejados bradarem com orgulho sua opção de “desigrejar-se”, sob o argumento de que as igrejas atuais perverteram o cristianismo verdadeiro, ou de que são covis de salteadores e etc. "AFF"

 Eles são o novo movimento no meio do Cristianismo, e estão influenciando alguns.

 Abaixo escrevo uma carta aos desigrejados, e alerto aos parceiros Pastores sobre tal assunto.


 Tenho, porém, uma boa notícia (ou má, se você for um desigrejeiro convicto):
Existem muitas boas igrejas por aí, eu conheço muitas.
E se você não está conseguindo se enquadrar em nenhuma delas, o problema, meu caro, é você.
Sugiro que analise as seguintes alternativas:
1) Você está com o coração tão endurecido, que se tornou incapaz de conviver em comunhão com os irmãos.
2) Você se acomodou na desculpa de que todas as igrejas são ruins, abstendo-se de congregar e se responsabilizar na obra.
3) Você não tem MATURIDADE para distinguir entre uma igreja boa e uma ruim, e, por isso, sai berrando por aí que nenhuma presta.
Observo os argumentos aleatórios expressos pelos desigrejados e percebo a natureza birrenta de suas alegações. Quando apelam a generalizações vazias, do tipo “as igrejas de hoje em dia não são como era a igreja primitiva”, é fácil perceber a premeditação tática do discurso.
O discurso tático, neste caso, é a repetição exaustiva de um conceito que, pretende-se tão óbvio, a ponto de não haver necessidade de ser melhor explicado.
O desigrejado então se torna um troll de internet, postando e repostando casos de heresias, modismos, unções estranhas e extorsões (que inequivocamente existem aos montes), como justificativa de sua fúria anti-igreja.
Não estamos todos comprando vassouras ungidas ou recebendo a unção do cuspe, meu amigo desigrejado. Não estamos todos dando “trízimos” ou pagando mensalidades de carnês da benção.
A verdadeira Palavra de Deus está sendo pregada em muitos lugares. Em igrejas perfeitas? Não. Nenhum de nós é perfeito. Você também não é. Logo, quando nos unimos, somamos nossas imperfeições. A igreja primitiva também não era perfeita. Tinha seus tropeços e necessidades de aprimoramento (Atos 6.1-3).
O que distingue uma Igreja verdadeira da que prega um falso evangelho não é a impossibilidade de ter problemas ou cometer equívocos eventuais, mas sim o cerne do cristianismo que vive, exige e apregoa.
Você está cansado de heresias e enganos, desigrejado. Ótimo. Eu também estou. Por isso estou atuando em minha igreja local, para que, com todos os nossos defeitos, a blindemos de falsos profetas e de teologias escusas.
Se você não luta pela Igreja você não a ama.
Volto às alternativas listadas acima.
Será que o problema está em todas as igrejas e cristãos praticantes do mundo, ou em você?
Será que você atingiu um status de santidade que o posiciona acima de todos os outros servos do Senhor?
Será que você é maduro o bastante para discernir entre a igreja mentirosa e a verdadeira?
Existem áreas da nossa vida em que só podemos exercer o cristianismo fora da Igreja. São nossa vida matrimonial, profissional, a cidadania, os lazeres e etc. Em tudo isso devemos louvar a Deus com atitudes, e fora da Igreja. Não dá para substituir.
Mas o oposto é verdadeiro. Há áreas da vida cristã que só podem ser exercidas dentro da Igreja.
Cuidado para, ao desigrejar-se, não acabar descristianizando-se sem perceber.
Afirmo que Jesus jamais incentivou ou deixou exemplos para o desigrejismo, muito pelo contrário. 
 Ele combateu o sistema hipócrita sem deixar de frequentar e valorizar a sinceridade proposta pelo templo – essa forma de Jesus lidar com o “sistema” não se encaixa no conceito dos desigrejados – o de não se filiar ou não frequentar uma igreja organizada.
 Se ir a um templo para adorar e louvar a Deus fosse tão pernicioso aos discípulos de Jesus, o próprio Cristo teria se comportado de modo diferente do que foi registrado nos Evangelhos. 
 Jesus foi praticante exemplar dos ensinos de Moisés segundo a Bíblia e cumpriu toda a Lei. Por isso, se circuncidou, participava das festas religiosas anuais da nação israelita e era presente nas reuniões solenes do templo. 
Vejamos os hábitos de congregar no templo de Cristo e seus apóstolos e até dos crentes primitivos:
E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.Atos 3:1
Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida. Atos 5:20
E aconteceu que, tornando eu (Paulo) para Jerusalém, quando orava no templo, fui arrebatado para fora de mim. Atos 22:17
E foram ter com ele (Jesus) no templo cegos e coxos, e curou-os. Mateus 21:14
E todo o povo ia ter com ele (Jesus) ao templo, de manhã cedo, para o ouvir.Lucas 21:38
O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. Atos 3:3
Mas, no meio da festa subiu Jesus ao templo, e ensinava. João 7:14
E aconteceu que, passados três dias, o acharam (Jesus) no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. Lucas 2:46
E todos os dias, (os discípulos, a igreja primitiva) no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo. Atos 5:42
E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; Mateus 21:12
Mas ele, em sua defesa, disse: Eu (Paulo) não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César. Atos 25:8
E de dia (Jesus) ensinava no templo, e à noite, saindo, ficava no monte chamado das Oliveiras. Lucas 21:37
E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele (Jesus), e, assentando-se, os ensinava. João 8:2
E, falando Jesus, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi? Marcos 12:35
E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, Lucas 2:27
E tornaram a Jerusalém, e, andando ele (Jesus) pelo templo, os principais dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos, se aproximaram dele. Marcos 11:27
 Entenderam?

 Eu Jhony Ribeiro amo a Igreja, amo ver os crentes juntos, amo os corais de louvor, amor todos os trabalhos da Igreja, amo a correria de Pastor, amo os costumes dos cultos.
 Foi dentro de um templo construído por homens que conheci a Jesus, onde fui batizado no Espirito Santo, onde fui discipulado, onde por varias vezes meu coração foi sarado, onde conheci muita gente boa, onde conheci minha esposa e me casei.
 Se eu fosse citar os benefícios do templo(Igreja) iria precisar de um texto 100 vezes maior do que este.
 Porem, eu luto e apoio a Igreja e o templo para nos reunirmos até o arrebatamento.
 #ReprovoOsDesigrejados
 #SouIgrejeiroComOrgulho


Cordialmente,

                                

terça-feira, 9 de abril de 2019

DIFERENTES, MÁS DEPENDENTES. FÉ E CONFIANÇA.

JUNÇÃO DA FÉ E CONFIANÇA



“Porque o Senhor será a tua confiança, e guardará os teus pés de serem presos.”(Provérbios 3:26)

Fé e confiança é a mesma coisa? 

 Sim e não. 


 A definição de fé, de acordo com o dicionário, é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação. Confiança, segundo o mesmo dicionário, se refere a dar crédito, considerar que uma expectativa sobre algo ou alguém será concretizada no futuro.

Do ponto de vista espiritual, fé é confiança e confiança é fé, só tem um detalhe, a confiança é parte da fé, porém fé é crer que Deus pode fazer qualquer coisa, que Ele é o Senhor da Vida, mas a confiança é a fé em ação, é acreditar não somente em Deus e que Ele pode todas as coisas, mas que Ele, efetivamente, o fará.

A confiança é a fé em prática. A fé se refere fundamentalmente a crer em Deus e que Jesus é o Filho de Deus e que ressuscitou dos mortos e só há salvação Nele. A fé é crer na Palavra de Deus integralmente, é acreditar, sem questionar, que tudo o que Deus promete Ele cumprirá, mas e a confiança? Não é a mesma coisa? A confiança é o dia a dia da fé.

Confiar é um ato da vontade. Tem muita gente boa que crê em Deus, mas na hora da prática, de confiar em Deus seus problemas, não consegue confiar sem restrição. Acredita que Deus é Poderoso, mas não confia que o que Deus prometeu se cumprirá.

Lázaro e suas irmãs Marta e Maria eram amigos de Jesus, um dia Lázaro adoeceu gravemente e morreu. Jesus estava longe de Betânia onde moravam os irmãos e demorou três dias até chegar a Betânia e Lázaro já estava morto e sepultado.

Jesus é a Vida e se Ele estivesse em Betânia, na casa de seu amigo Lázaro, ele não teria morrido, onde está a Vida a morte não pode subsistir e foi isso que Jesus disse a Seus discípulos: “Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto; e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele.” (João 11:14-15).

Pois bem. Quando Marta soube que Jesus estava indo para sua casa, ela se apressou e foi ao encontro de Jesus. Ela confessou sua fé no Filho de Deus e pediu a Ele um milagre: “Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.”(João 11:21-22). Marta buscava um milagre.

Marta estava certa, se Jesus estivesse em sua casa seu irmão não teria morrido e estava certa também quanto à fé de que Deus concederia a Jesus tudo o que Ele pedisse. Belo exemplo de fé!

Como Jesus entendeu que Marta estava falando da fé salvadora, Ele trocou em miúdos o que faria e disse: “Teu irmão há de ressuscitar.” Outra vez Marta mostrou que cria de verdade em Deus e disse: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.” (João 11:24b). Marta cria, mas não confiava que a ressurreição de que o Mestre falava era para aquela hora, especificamente para Lázaro, e não se tratava da ressurreição futura.

Foi preciso Jesus falar mais claramente com Marta e disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” (João 11:25-26). A resposta de Marta manteve sua posição de fé em quem era seu amigo Jesus, veja: “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.” (João 11:27). Bela resposta!

Estava tudo lindo, Marta já tinha confessado sua fé que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus, mas o homem continuava mortinho da Silva. Maria saiu de casa correndo ao saber que Jesus esperava por ela e quando o viu lançou-se aos Seus pés chorando e dizendo:“Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” Quando Jesus a viu chorando e também os judeus que tinham vindo com ela, se comoveu e se perturbou. Era uma cena triste com a qual Jesus não estava acostumado a vivenciar, afinal Jesus é o Senhor da Vida e nem de longe a morte passa perto Dele.

Maria tinha fé em Jesus e também confiava Nele, Maria não buscava um milagre, buscava consolação em Jesus. Só para lembrar, Marta buscou um milagre quando disse que tudo o que Jesus pedisse ao Pai, Ele lhe concederia. Marta tinha a fé salvadora, buscava um milagre para seu irmão, porque cria no milagre, mas não confiou que o milagre efetivamente se realizaria, ela não deu o crédito próprio da confiança.

A prova de que Marta tinha fé, mas não confiava que Jesus faria um milagre, é que Jesus foi ao sepulcro, mandou removerem a pedra e aí Marta disse:“Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.”(João 11:39b). Marta cria que Jesus é o Cristo, mas não confiou que Ele ressuscitaria seu irmão e ainda avisou Jesus que Lázaro já cheirava mal. Ora veja!

A resposta de Jesus foi rápida e direta:“Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11:40). A pedra foi removida e Jesus ressuscitou Lázaro.

A diferença entre fé e confiança fica bastante clara na história de Marta, Maria e Lázaro. Marta acreditava de verdade que Jesus é o Filho de Deus, mas não confiou, não deu crédito, que o milagre que ela pediu a Jesus (a ressurreição de seu irmão) se realizaria.

Na vida ter fé em muitas coisas é bem facinho. Todo mundo tem fé em alguma coisa, nem que seja na eletricidade, ou na coca-cola, mas a fé eficaz é a fé salvadora, aquela de quem crê que Jesus é o Senhor, mas o cotidiano de um cristão sincero envolve a fé na Palavra de Deus e a confiança de que esta Palavra se cumprirá em sua própria vida. A fé não dispensa a confiança. Creia e confie, Deus fará o milagre acontecer em sua vida. 

 Falo abaixo um pouquinho mais sobre a Fé.

 Partindo da ideia que fé é acreditar naquilo que não se vê a priori. Na carta ao Hb 11.1 encontra-se que: Fé é a consistência do que se espera, a prova do que não se vê. Isso leva a pensar que a fé sempre está ligada ao conceito de confiança, confiar acima de tudo. Portanto, fé é uma palavra que significa confiança, crença, credibilidade. A fé é um sentimento de total crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa.
A fé é a primeira das virtudes teologais, que segundo o Compendio da Igreja, têm como origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus. São infundidas no homem com a graça santificante, tornam-nos capazes de viver em relação com a Trindade e fundamentam e animam o agir moral do cristão, vivificando as virtudes humanas. Elas são o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano (CCIC n. 384).


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NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento não é possível encontrar a palavra fé sozinha. Por isso, é necessário encontrar o conceito de fé atrás de alguns fatos bíblico históricos. Como é bem sabido, é a partir do grande patriarca Abraão que o conceito começa a tomar forma, tanto assim, que hoje é conhecido como o Pai da fé Gn 15.6. Abraão é seminômade, que percorre em suas andanças, diversos territórios, os quais serão dos seus descendentes. Abraão conhece de perto muitas culturas, que acreditavam que os fenômenos naturais são manifestações divinas dos deuses para mostrar seu poder para os humanos. Mas é com Abraão que no vazio da esterilidade de Sara, sua esposa, ressoa a palavra do Senhor: no princípio, criadora do universo, agora criadora de história Gn 12.1-9.

A palavra fé que aparece no Antigo Testamento é a tradução de duas palavras em hebraico: A palavra aman que dava ênfase à certeza, à firmeza, e que deu origem a palavra amem Dt 27.15-26, e a palavra batah que significava confiança. Como verbo é muitas vezes traduzida por crer, confiar, esperar: Sl 4.5 confiai no Senhor, Sl 25.2 em ti confio, Sl 55.23 mas eu em ti confiarei. De esta forma surge no Antigo Testamento a fé como uma resposta do povo de Israel ao Deus que o escolheu para seu povo.

Um dos casos que é considerado dos melhores exemplos de fé do Antigo Testamento está em Esd 8.21,22ss quando Esdras recusa a ajuda militar da Babilónia. No entanto, Esdras não era nenhum ingénuo. Ele pensou em tudo da melhor forma possível, estava consciente dos perigos que corria, fez tudo o que estava ao seu alcance e só depois de esgotados todos os seus recursos é que pediu ao Senhor que o ajudasse naquilo que estava para além das suas possibilidades.

É importante observar que inicialmente, no tempo de Abraão (1900 AC), e principalmente no tempo de Moisés (1200 AC), a fé se manifestava no cumprimento dos rituais da Velha Lei. Pois a um povo de escravos, não se lhe podia exigir mais que o cumprimento do ritual, mas já no tempo de Isaías (500 AC) o conceito de fé era mais desenvolvido, ao ponto de ser mais importante que o ritual em si, Is 1.11-17, pois o Senhor rejeita os sacrifícios que eram efetuados segundo todas as normas e rituais do Antigo Testamento, mostrando assim, que não basta o ritual, sem o seu significado espiritual. Porque a revelação do Senhor através das Escrituras e dos Profetas, tem sido sempre a revelação possível de ser entendida pelo homem através do amadurecimento da sua fé.

Para o povo hebreu, confiar em Deus é a atitude mais acertada que eles tiveram perante os outros povos; porque essa confiança em Deus dá segurança, alegria e força para enfrentar qualquer desafio que esteja na sua frente. Isto passou de geração em geração: em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste Sl 22.4. Portanto, isso dá para o povo hebreu uma a confiança alegre, inabalável de uma fé inteligente; a segurança da confiança sem temor no Senhor. Essa confiança inabalável está fundamentada no trinômio: o povo, o Senhor e a promessa da terra prometida. Terra que o povo consegue, mas perde pela sua falta de confiança (fé) em Deus. Mesmo assim, o povo se levanta das cinzas, quantas vezes for necessário, e recupera sua confiança e vá à luta pela posse da terra, pois a aliança e a promessa continuam valendo, enquanto confiar no Senhor.

Essa fé, mais tarde, é expressada nas 613 normas, colocadas por escrito, como uma forma de garantir que a promessa sempre vai ser cumprida, mas para isso o povo deve se manter fiel. Os sacerdotes têm uma grande importância na vida do povo, pois são eles os encarregados de mostrar o caminho da fé e alimentar a esperança com rituais e sacrifícios, mas os profetas têm a difícil missão de denunciar seus desvios.


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NO NOVO TESTAMENTO
Partindo da etimologia, a palavra fé tem origem no Grego pistia que indica a noção de acreditar e no Latim fides, que remete para uma atitude de fidelidade. Neste sentido, uma das características que se notam na fé, no Novo Testamento, é que enquanto no Antigo, Deus era o objeto da fé, no Novo a fé em Cristo é identificada com a fé em Deus.

Assim, a fé não está, em primeiro lugar, relacionada com verdades específicas ou com promessas para o futuro, nem mesmo com revelações sobre a existência de um Deus transcendente. A fé no Novo Testamento, começa com ir ao encontro da pessoa de Jesus, e esta caminhada é frequentemente motivada por uma sede. Algo já começou secretamente no coração, que já se sente atraído. Isto é, com a encarnação e com a presença de Jesus como ser humano, a fé assume num primeiro momento uma forma muito simples: um desejo pode conter em si o princípio da fé; um movimento já representa o início da caminhada.

As primeiras referências à fé no Novo Testamento encontram-se na proclamação por Jesus do Reino de Deus Mc 1.15, arrependei-vos e crede no Evangelho. Portanto, a fé é a aceitação do Reino de Deus. Assim no Novo Testamento e nos ensinamentos de Jesus, a fé se torna condição principal para a sua atuação. Jesus em Mc 9.21-24 na cura do filho epilético, o pai apela à compaixão: se podes tem piedade. Jesus responde apelando à fé como condição para curar-se. O pai pede mais fé, pois é consciente do seu desamparo e do dinamismo da fé, e procura apoio em Jesus.

Também é possível ver o contrário em Mc 6.5-6. Pois a incredulidade ou a falta de fé impediu e até prejudicou a ação de Jesus na sua própria terra, pois a fé é condição para compreender os ensinamentos de Jesus, portanto a fé é o meio receptor do poder divino. Para Lc 8.12 a fé é condição necessária para a salvação assim como para Mc 16.16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Jesus aponta que a fé é algo de muito poder na vida de uma pessoa, pois mostra que a presença da fé, mesmo que de forma pequena, faz muita diferença. Se tivesses fé como um grão de mostarda, direis a essa amoreira: Arranca-te pela raiz e planta-te no mar, ela vos obedeceria Lc 17. 6.

Depois da vida pública de Jesus, quando já não se encontra fisicamente entre os seus discípulos, o movimento em direção a ele já não se expressa pela mudança de lugar, ir ao seu encontro e, depois, segui-lo, como acontecia antes da ressurreição, segundo os Evangelhos. Quem crê em Jesus, dá um passo concreto, mas este passo implica abandonar-se a ele, entregar-se a si próprio e ceder-lhe o espaço. O paradoxo da fé torna-se mais evidente: é praticamente nada e, no entanto, é o mais importante. Trata-se de abrir constantemente a porta do coração a Jesus, sabendo, ao mesmo tempo, que ele já está lá.

No pensamento deixado por Paulo, a fé tem um lugar central, principalmente nas cartas aos Romanos e aos Gálatas. Para Paulo, a fé está intimamente relacionada com a fidelidade 2Ts 1.4 e 2Tm 4.7 e a convicção Rm 14.23. Uma das passagens mais importantes que Paulo deixou encontra-se em Rm 10.1-17 onde mostra que a fé pressupõe a revelação que a antecede num contexto de arrependimento. Deixa claro, Paulo, que o único caminho para Deus é através da fé no Cristo crucificado. E em Rm 10.17, a fé não vem pelo nascimento ou pelo batismo ou outro qualquer ritual, mas vem pelo ouvir (aceitar) a palavra de Deus, quando se trata da genuína mensagem de Jesus.
Outro aspecto muito importante da fé segundo Paulo é como meio de justificação, isto é, a justificação pela fé, em oposição à justificação pelas obras de Lei Rm 3.21-28. E segundo Tiago, fica evidente que a fé deve produzir no ser humano o desejo de realizar boas obras. A fé é para o homem e também para ser espalhada ao seu redor. Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta, Tg 2.26.


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CONCLUSÃO
Na idade escolástica da Igreja(anos 900 a 1.600), se falava de Fé (fides) em dois sentidos. O primeiro é a Fé como ação de crer, de acreditar (fides qua creditur), para isso é importante a confiança, o entregar-se a aquele que é o objeto, o fim do crer (fidúcia). O segundo é o que se crê, no que se acredita (fides quae creditur) a Fé envolve a aceitação do que se crê. Logicamente estes dois sentidos dever ir juntos, pois a confiança precisa de um objeto e o que se crê determina o carácter da confiança que se tem.

Portanto, para falar de fé, é necessário pensar na dimensão humana, que é quando o ser humano acredita em pessoas e em coisas que podem acontecer, tanto boas quanto ruins. Essas coisas são fruto das ações humanas. Como por exemplo acreditar em passar num teste para um trabalho, para uma faculdade, etc. É a certeza do dever cumprido pela sua ação. A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais, tais como reconforto em momentos de aflição desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se nesse sentido com a esperança; e a motivos considerados moralmente nobres ou estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma razão específica ou mesmo existir sem razão definida. Mas este tipo de fé depende estritamente do agir meramente humano.

Por outro lado, existe a fé que transcende o ser humano, a fé que leva o homem a sair de si e procurar um sustento em um Ser Superior. Esta fé no começo está guardada, mas em algum momento ela pode ser despertada, e esse despertar leva o ser humano para outras realidades e experiências, como aconteceu com Abraão. O Senhor disse a Abrão: Sai de tua terra natal, da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei Gn 12:1. Abraão pela fé decidiu mudar de vida, sair da sua terra dos seus pais e ir para uma outra, a qual ele não conhecia.

Está é a fé que faz a pessoa mudar a sua vida, mudar as suas ideias e seus conceitos. Incluso, Paulo chega a considerar a tudo como lixo: Mais ainda: considero tudo perda em comparação com o superior conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por ele dou tudo como perdido e o considero lixo, contanto que eu ganhe a Cristo Fl 3.8. Este tipo de fé é o que manterá Paulo, por toda a sua vida no caminho da fé e o manterá firme neste caminho, na final o único lucro é Cristo.

A fé é geralmente associada a experiências pessoais podendo ser compartilhada com outros através de relatos no contexto religioso, a exemplo de Paulo que usou esse fato para, através das suas cartas, despertar a fé nas comunidades. Desta forma sua fé em Cristo era usada frequentemente como justificativa para a própria crença, o que caracteriza raciocínio circular.

Segundo o pensamento cristão, todo o conjunto dos ensinos transmitidos por Jesus Cristo e seus discípulos constitui a fé Gl 1.7-9. A fé cristã baseia-se em toda a Bíblia por acreditar ser a Palavra de Deus, incluindo as Escrituras Hebraicas, as quais Jesus e os escritores das Escrituras Gregas Cristãs frequentemente citaram em apoio das suas declarações. Segundo estas Escrituras, para ser aceitável a Deus, é necessário exercer fé em Jesus Cristo, e isto torna possível obter uma condição justa perante Deus.

De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, por tanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna merecedor dos que o buscam. Pois, a fé em Deus faz crer no incrível, ver o invisível e realizar o impossível. Somente com a fé em Deus os sonhos se atingem, as batalhas se vencem e os milagres acontecem.


Bibliografia Consultada
1 – A Bíblia do Peregrino.
2 – Chave Bíblica.
3 – Harris, R. Laird, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento.
4 – Smith, Ralph L., Teologia do Antigo Testamento.

5 – Gonzáles, Justo L. Diccinario Manual Teológico.



Por Jhony Ribeiro 

Cordialmente,

                                

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