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domingo, 8 de abril de 2018

Introdução: ESTILOS DE LIDERANÇA - Aprenda a ser um bom Líder.

                                 DEFINIÇÃO 
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 Desde os primórdios do mundo, a liderança podia ser vista em gestos mais simples. Por volta de 4.000 a.C., surgiu a Mesopotâmia, uma rica região da Ásia Menor, localizada nas planícies férteis banhadas pelos rios Tigre e Eufrates. Começou ali os vestígios da liderança, a necessidade de se viver em conjunto, em sociedade, favoreceu o surgimento de líderes para que este projeto fosse seguido.

 Para Chiavenato (2006, p. 18-19) a liderança “(...) é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.” Todos já nascem líderes, ainda que não saibam. No momento que você escolhe que curso fazer, que empresa abrir ou até que roupa usar, está sendo líder da sua própria vida. Mas nem todos desenvolvem essa capacidade dentro de uma organização, ela deve ser explorada, ou seja, deve ser inspirado a despertar sua liderança.

  Não adianta exercer um cargo de líder, se não há preocupação com o bemestar dos funcionários e o desenvolvimento das pessoas que estão ao seu redor. Você pode escolher o melhor estilo, mas em nada adiantará se não houver a essência da liderança. A Liderança vem se tornando o principal assunto do mundo dos negócios. Através dela as organizações realizam projetos, expandem seus negócios e conquistam clientes.

 Através da comunicação, vem influenciando várias pessoas, para consecução de objetivos específicos, também sendo como um fenômeno que envolve vários grupos sociais. Os líderes são maiores quando se usa a humildade de entender o que seus seguidores necessitam. “Então a chave para a boa liderança é exercer as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos” (HUNTER, 2004). De acordo com Mussak (2010) uma equipe vencedora depende de três fatores: um líder para dar rumo, respeito pelas diferenças internas e a existência de um objetivo comum.

 Liderança não é algo apenas comum ao topo da empresa (MUSSAK, 2010); quanto maior ela for, mais haverá a presença de líderes. O líder, necessariamente, não precisa ser administrador, pois até um funcionário do setor operacional pode ter características de liderança e se destacar entre os demais.

 Mas, se ele tiver conhecimentos administrativos, será melhor, pois o mesmo poderá aliá-los ao seu papel de líder. Portanto, de acordo com Hunter, no livro O MONGE E O EXECUTIVO, podese definir liderança como: A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum (p. 28, 2004).
 Fiedler e Chemers (1981) descrevem, em uma de suas obras, definições de liderança: “Liderança é o exercício da autoridade e da tomada de decisões” (DUBRIN, 1961). “Liderança é uma habilidade de persuadir ou dirigir as pessoas sem o uso do prestígio ou da força de uma autoridade formal, ou de circunstâncias externas” (REUTER, 1941). “O líder é a pessoa que consegue as mudanças mais efetivas no desempenho do grupo” (CATTEL, 1953).

 A liderança, numa discussão em grupo, diz respeito às atividades de iniciar, organizar, clarificar, questionar, motivar, resumir e formular conclusões, dessa forma, o líder é a pessoa que passa mais tempo falando ao grupo, desde que caiba a ele cumprir a maior parte dessas tarefas verbais (BASS, 1990). Liderar não é apenas ordenar funções aos seus subordinados e/ou puni-los quando algo não der certo.

 Ser líder corresponde à empatia, colocar-se no lugar do seu funcionário, utilizar a sua inteligência emocional para lidar com as diferenças de cada um e conduzir a sua equipe ao melhor desempenho. Como diz o grande guru da liderança, John C. Maxwell, o motivo de ser líder é a valorização das pessoas. Os bons líderes extraem o melhor das pessoas, fazendo com que elas evoluam dentro da organização e saibam também conviver em harmonia com personalidades e comportamentos divergentes. Despertam em seus colaboradores a capacidade crítica e os motivam a chegar em lugares que seriam impossíveis, até então, de alcançarem.

 Vale ressaltar que o líder para liderar a sua equipe, deve ser capaz de liderar a sua própria vida. Ou seja, deve desenvolver a auto liderança, sendo capaz de liderar seus próprios sentimentos, pensamentos e ações. Existem ainda divergências das qualidades de um líder ideal, mas Jordão (2015) destaca algumas pertinentes à liderança: O líder ideal é aquele que consegue reunir o máximo de qualidades, entre elas: entusiasmo, integridade, imparcialidade, firmeza, humildade, determinação, criatividade, flexibilidade, dinamismo.

 Além de tudo isso, ele precisa ser ético, observador, saber se relacionar com os outros, saber ouvir, saber desenvolver a equipe, ter visão de futuro e cercar-se de pessoas certas. O ideal é que ainda seja carismático. É ideal obter o maior número possível das características citadas pela autora, mas é importante também que o líder queira e goste de ser líder, conhecendo seus pontos fortes e fracos, desenvolvendo-os para o seu melhor desempenho.

 Afinal, ser líder é muito simples na teoria, mas prática requer o seu entendimento acerca da alma humana e a sua capacidade de lidar com pessoas.
Maximiano (2007) afirma que o líder deve utilizar os três estilos de liderança: Autocrática, Democrática e Liberal de acordo com as pessoas, com a situação e com a tarefa a ser executada. O líder tem o papel de mandar cumprir ordens, deve consultar seus subordinados antes de tomar uma decisão, e também sugerir alguns subordinados a realizar algumas tarefas. A Figura 1, abaixo, fornece comparações entre os estilos de liderança e as suas ênfases perante líder e subordinado.

                                 Ênfases dos estilos de liderança nos colaboradores.
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1º -O líder Autocrático: 

 É conhecido como “chefe” que supervisiona atividades de outras pessoas e que possui pessoas reportando-se a ele. Ele acredita que a sua opinião é sempre a mais correta e que seus subordinados são pouco merecedores de confiança. Segundo o autor, “o líder impõe suas ideias e suas decisões sobre o grupo, sem nenhuma participação deste. A ênfase está nele.”

2º -A Liderança Democrática:

  É reconhecida pela participação e envolvimento da equipe na tomada de decisões, pela delegação da autoridade e pela decisão em conjunto. “O líder orienta o grupo e incentiva a participação de todos. A ênfase está no líder e também no grupo” (MAXIMIANO, 2007).

3º -O estilo Liberal 

  Evidencia-se pela total liberdade dada aos colaboradores para decidir e executar o trabalho da melhor forma possível. Cabe ao líder somente responder as dúvidas e disponibilizar os recursos necessários. O autor evidencia que o líder delega totalmente as decisões ao grupo sem controle algum e deixa-o completamente à vontade. É mínima a participação do líder e o grupo é enfatizado. Utilizando agora os princípios de Chiavenato (2007), os estilos de Liderança foram acrescidos dos “estilos contemporâneos”.

 O autor adiciona mais três: Indeciso, Situacional e Emergente.

O estilo Indeciso caracteriza-se pelo não reconhecimento da responsabilidade, é o tipo de líder que não toma direção efetiva das coisas, vive no estilo “deixa como está, para ver como é que fica”; “deixa a vida me levar”. Com isso, o grupo fica desorganizado, gera insegurança e atritos, aumentando ainda mais os conflitos interpessoais.

O estilo Situacional, como o próprio nome já diz, é o líder que assume um estilo de liderança próprio, dependendo da situação ocorrida. O grupo fica seguro e motivado por um certo momento.

Já o líder Emergente, diz respeito àquele que surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados à uma situação específica. Significa que alguns membros da equipe irão liderar atividades nas quais eles são reconhecidamente bons especialistas. Uma das características da liderança emergente é que os membros da equipe se tornam seguidores por livre e espontânea vontade. Para alguns autores, é tida como uma liderança de “bagunça”, já que não se tem um líder nomeado específico. O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo que se houver emergência, o líder saberá o que fazer.


CHEFIA VERSUS LIDERANÇA

 Muitos tendem a confundir ou até associar como sinônimas as palavras “liderança” e “chefia”, talvez por falta de experiência ou por achar que para comandar uma equipe é necessário ser chefe.

Um líder pode ser um chefe, mas um chefe não pode ser líder, a menos que ele aprenda como ser um. Constantemente, relacionam a palavra “LÍDER” a alguém ambicioso, agressivo, que detém o poder. Mussak (2010) afirma que ele pode ser rígido, severo e exigente, mas deve basear-se no uso sensato da autoridade, na responsabilidade e na obtenção de resultados.

 Na verdade, essas características pertencem ao “CHEFE”, que apenas exerce o poder e delega funções aos seus subordinados. "Liderança é muito mais um processo de dar poder às demais pessoas do que o exercício pessoal de poder." (MUSSAK, 2010).

 O chefe é aquele que comanda seus funcionários, dando ordens e esperando que sejam cumpridas. Os seus funcionários sentem-se desmotivados e os obedece apenas pelo medo de perderem o emprego. Preocupa-se apenas com resultados e lucros, utilizando-se da sua hierarquia.

 Ele não admite erros, culpa apenas o grupo organizacional pelas suas falhas e se vangloria quando algo dá certo. Adota as mesmas características do líder autoritário; é o típico ditado: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo.”
 O líder inspira a sua equipe e segue junto com ela; o chefe dá ordens e apenas espera que sejam cumpridas. Mussak (2010) confirma esta proposição, quando diz que “[...] Líderes eficazes lideram inspirando outras pessoas, e não dando ordens.” Dirige seus funcionários para o sucesso, e melhor, vai com eles.
 As metas são traçadas e divididas entre o grupo. Os funcionários se motivam e o respeita, já não utilizando o temor. O líder preocupa-se primeiramente com o bemVestar da equipe, para que juntos alcancem os resultados e adquiram os lucros.
 Assume total responsabilidade com a sua equipe pelos erros e divide a glória com os acertos. Adota a postura: “Vamos, eu irei com vocês!” Os chefes são contratados por uma única razão: resolver problemas. Ainda, de acordo com o autor, os líderes não resolvem, previnem os problemas; devem ter uma visão sistêmica do presente e do futuro da empresa. Nele deve conter o poder da iniciativa, a capacidade de superar desafios e motivar os outros a superá-los também.


 LIDERANÇA NO SÉCULO XXI

 Em meio às mudanças sociais, políticas e econômicas que estão acontecendo nos últimos anos, não é de se estranhar que o perfil dos líderes venha mudando gradativamente. Atualmente, essa característica de liderança não é mais tida como uma virtude, e sim, como uma necessidade, já que a autoridade tem dado lugar aos questionamentos dos liderados, o que chamamos de “liderança participativa”. “Antigamente focava-se principalmente nos produtos e nos serviços entregues. Hoje, o foco de interesse passa para as pessoas” (KRAMES, 2006). Para isso, são adotadas posturas de recompensas como motivação para que os funcionários superem seus objetivos. Assim, o autor confirma quando diz que um dos principais papéis do líder é estimular as pessoas e a colaboração entre elas, formando equipes de grande desempenho.

 O maior desafio dos líderes atuais é empregar todo esforço e dedicação na melhoria dos relacionamentos interpessoais com seus liderados, já que uma equipe sólida é a base esperada para este século XXI, trabalhando para as pessoas, com as pessoas e pelas pessoas.
 O líder do século XXI está cada vez mais preocupado com as pessoas, o ativo mais importante da organização; ele percebe a importância de ser o exemplo aos seus liderados. Com o advento da nova abordagem da liderança, surgem diferentes teorias, entre elas, a liderança transformacional, a liderança carismática e a liderança visionária.

 A liderança transformacional visa a elevação das pessoas; o líder assume o papel motivador, levando sua equipe a atingir metas não antes possíveis. O líder carismático é tido como confiante, tendo como fator principal passar esta mesma confiança aos seus seguidores, alegando que eles são capazes também. A liderança visionária é voltada em longo prazo, estabelecendo metas cada vez mais consistentes visando o futuro. O líder visa transformar a realidade em algo promissor. Nessa nova abordagem o líder busca motivar os funcionários a alcançarem os níveis mais altos da produtividade.

 GESTOR E LÍDER 

 Liderança não é sinônimo de gerência, embora cada gerente deva ser um líder. Infelizmente, são poucos os que praticam o exercício da liderança. “Um líder não precisa gerenciar coisa alguma” (MARCHETI, 1997). Motivação é sinônimo de liderança. “O sucesso de um líder pode depender quase que exclusivamente de sua capacidade de motivar outras pessoas” (MARCHETI, 1997). Basicamente, muitos não percebem diferença entre gerir e liderar. Como acontece com o chefe, nem sempre um gestor é um líder e vice-versa. Numa organização, esses conceitos são amplamente encontrados.
 O gestor é responsável por garantir a execução das atividades, resolver os problemas. O líder cria um clima de inspiração, estimula colaboradores e preocupase com o bem estar de todos, prevenindo os problemas. Hunter (2004, p. 28) em sua obra “O monge e o executivo” afirma: “Gerência não é algo que você faça para os outros.

  Você gerencia seu inventário, seu talão de cheques, seus recursos. Você pode até gerenciar a si mesmo. Mas você não gerencia seres humanos. Você gerencia coisas e lidera pessoas.” Quando acontece um problema, o gerente olha para trás, tentando identificar as causas e os culpados, coletando os fatos. O líder, por outro lado, olha para frente; analisa como o problema atual pode ser eliminado no futuro. Ambas as funções são fundamentais na organização e devem ser desenvolvidas juntas, para que haja resultados produtivos para todos.

Fonte:
 BENNIS, Warren; GOLDSMITH, Joan. Aprenda a liderar. Executive digest, p. 79, jan. 1999. Disponível em: http://www.centroatl.pt/edigest/edicoes99/ed_jan/ed51cali.html. Acesso em: 13 abr. 2015.


Cordialmente,

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