Os Frutos De Um Avivamento
O SIGNIFICADO DA PALAVRA FRUTO
A palavra fruto é uma palavra hebraica principal é usada no Antigo Testamento, e uma palavra grega principal é usada no Novo Testamento. Mas há várias outras palavras hebraicas e uma palavra grega, com esse mesmo sentido, ou com idéia paralela:
1. Peri, .fruto», palavra hebraica usada por cerca de cento e quinze vezes conforme se vê, por exemplo, em Gen. 1:11,12; 3:2; Exo. 10:15; Lev. 19:23‑25; Num. 13:20; Deu. 1:25; I Reis 19:29,30; Ne. 9:36; Sal. 1:3; Pro. 1:31; Ecl. 2:5; Can. 2:3; Isa. 3:10; Jer. 2:7; Lam. 2:20; Eze. 17:8,9; Os6. 9:16; Joel 2:22; Amós 2:9; Miq. 6:7; Zac. 8:12; Mal. 3:11.
2. Eb, .fruto., palavra hebraica e aramaica, usada por quatro vezes: Can. 6:11; Dan. 4:12,14,21.
3. Yebul, .sumento», palavra hebraica usada por treze vezes, das quais três com o claro sentido de fruto»: Deu. 11:17; Hab. 3:17; Ageu 1:10.
4. Lechem, .plio», .fruto». Com o sentido de fruto aparece de forma clara por uma vez, em Jer. 11:19.
5. Meleah, .plenitude., .fruto». Palavra hebraica usada por duas vezes: Deu. 22:9 a Num. 18:27.
6. Nib, .declarasho». Com o sentido metafórico de fruto dos lábios», aparece por uma vez, em Mal. 1:12.
7. Tebuah, .rends», .fruto». Palavra hebraica empregada por quarenta e duas vezes, conforme se vê, por exemplo, em Exo. 23:10; 25:3,15,16,21,22; Den. 22:9; 33:14; Jos. 5:12; 11 Reis 8:6; Pro. 10:16.
8. Tenubah, .aumento», .fruto». Palavra hebraica usada por três vezes com o sentido de .fruto»: Jui. 9:11; Isa. 27:6; Lam. 4:9.
9. Karpós, .fruto», palavra grega que ocorre por sessenta e quatro vezes no Novo Testamento: Mat. 3:8,10; 7:16‑20; 12:33; 13:8,26; 21:19,34,41,43; Mar. 4:7,8,29; 11:14; 12:2; Luc. 1:42; 3:8,9; 6:43,44; 8:8; 12:17; 13:6,7,9; 20:10; João 4:36; 12:24; 15:2,4,5,8, 16; Atos 2:30; Rom. 1:13; 6:21,22; 15;28; 1 Cor. 9:7; Gal. 5:22; Efé. 5:9; Fil. 1:11,22; 4:17; 11 Tim. 2:6; Heb. 12:11; 13:15; Tia. 3:17,18; 5:7,18; Apo. 22:2.
10. Gónnema, .produção», •fruto... Palavra grega que aparece por quatro vezes: Mat. 3:7; 12:34; 23:33; Luc. 3:7.
Além dessas palavras gerais, havia termos especializados no hebraico, conforme se vê nas listas abaixo:
1. Qayits, .fruto de verão», .primicias». Palavra usada por vinte vezes, segundo se vê, por exemplo, em Gen. 8:22; II Sam. 16:1,2; Sal. 32:4; Pro. 6:8; Isa. 16:9; Jer. 8:20; 48:32; Amós 3:15; 8:1,2; Miq. 7:1; Zac. 14:8.
2. Dagan, •trigo», palavra usada para indicar o produto do cultivo agrícola. Estão em foco os ceresis em geral, como o trigo, a cevada, as lentilhas, etc., então fibras e outros plantios, como o linho, o algodão, a pimenta, o pimentão, e até mesmo, segundo pensam alguns estudiosos, o arroz. O termo aparece por trinta e nove vezes, conforme se vê, para exemplificar, em Gen. 27:28,37; Num. 18:27; Deu. 7:13; 11:14; 11 Reis 18:32; II Cro. 31:5; Nee. 5:2,3,10,11; Sal. 4:7; Isa. 36:17; Lam. 2:12; Eze. 36:29; Os6. 2:8,9,22; Joel 1:10,17; 2:19; Ageu 1:11; Zac. 9:17.
3. Tirosh, .fruto da vinha», palavra usada para indicar as uvas secas. A palavra é usada por trinta e oito vezes, conforme se vê, por exemplo. em Gen. 27:28,37; Num. 18:12; Deu. 7:13; 11:14; 12:17; Jui. 9:13; II Reis 18:32; II Cro. 31:5; Nee. 5:11; 10:37,39; Sal. 4:7; Pro. 3:10; Isa. 24:7; 36:17; Jer. 31:12; Os. 2:8,9,22; 4:11; Joel 1:10; Miq. 6:15; Ageu 1:11; Zac. 9:17. As uvas eram secas ao sol e preservadas em quantidade considerável (I Sam. 25:18; II Sam. 16:1; 1 Cro. 12:40; Os. 6. 3:1). As azeitonas eram consumidas ao natural, ou então eram espremidas para produção do azeite (Miq. 6:15).
4. Yitshar, .azeite». ‑ Essa palavra hebraica também indicava frutos produzidos em pomar, como as tâmaras, as azeitonas, as romãs, as castanhas, etc., referindo‑se aqueles frutos que podiam ser preservados para serem consumidos durante os meses quentes, em contraste com aqueles mencionados no primeiro ponto acima, qayits. A raiz da palavra yitshar significa .brilhante», .resplendente». É usada por vinte e duas vezes: Num. 18:12; Deu. 7:13; 11:14; 12:17; 14:23; 18:4; 28:51; II Reis 18:32; II Cro. 31:5; 32:28; Nee. 5:11; 10:37,39; 13:5,12; Jer. 31:12; Os. 2:8,22; Joel 1:10; 2:19,24; Ageu 1:11.
O FRUTO DO ESPÍRITO
A Biblia Sagrada nos relata o que é o fruto de Espírito, mostrando como um cristão verdadeiramente nascido de Deus deve proceder:
GALÁTAS 5:22 - Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade.
23 a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.
26 Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.
Baseado neste texto da palavra de Deus, podemos relacionar o avivamento, no sentido que é necessário para um pleno e verdadeiro avivamento, voltar a Palavra de Deus.
O SIGNIFICADO BÍBLICO DO TERMO "AVIVAMENTO":
No Antigo Testamento:
O verbo hebraico hyh (avivar) tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo". Porém, "avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar do mal. Esta é uma conseqüência natural em toda vez que Deus aviva. Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa.
O verbo "avivar", em suas várias formas, é usado mais de 250 vezes no Antigo Testamento, das quais 55 vezes estão num grau chamado piel. Um verbo nas formas do Piel expressa uma ação ativa intensiva no hebraico. Neste sentido, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus. Alguns exemplos de sua ocorrência são as clássicas orações de Davi, como esta: "Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?" (Sl. 85.6), e da clássica oração do profeta Habacuque: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia" (Hb. 3.2).
No Novo Testamento:
Encontramos no Novo Testamento grego um conjunto de palavras que expressam o conceito básico de avivamento. São elas: “egeíro”, “anastáso”, “anázoe” e “anakaínoo”. Outras palavras gregas comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apaga aos poucos (cf. “anazopyréo” em 2 Tm. 1.6) ou uma planta que lança novos brotos e "floresce novamente" (cf. “anaphállo” em Fp. 4.10).
No Novo Testamento grego as palavras supracitadas aparecem, no contexto de avivamento, apenas sete vezes, embora a idéia básica de avivamento seja sugerida com mais freqüência. Uma possível explicação para o uso escasso dos termos, em comparação ao Antigo Testamento, é que o Novo cobre apenas uma geração, durante a qual a Igreja Cristã desfrutou, na maior parte do tempo, um grau incomum de vida espiritual.
O QUE É UM AVIVAMENTO?
Avivamento é a ressurreição do primeiro amor dos cristãos, resultando no despertamento e na conversão dos incrédulos a Deus. No sentido de uma comunidade é o despertamento, a recuperação da igreja mais ou menos fria e decadente. Consiste no arrependimento da igreja pelo seu esfriamento e em sua volta a Deus e na conversão de almas.Muitas pessoas pensam que um avivamento surge pela vontade soberana de Deus. Seria como que se Deus olhasse para uma igreja e dissesse: “Bem, chegou à hora de Eu avivar essa igreja...”, e começasse a despertar irmãos em relação a compromissos espirituais, desprezando a lei do livre arbítrio que Ele mesmo criou no homem, quando o fez de acordo com Sua imagem e semelhança.
Lembremo-nos do texto bíblico:... Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2 Crônicas 7:14) Veja que este verso das Escrituras está na condicional: se...Se...Se...Se...Então... Cabe a nós nos humilharmos até o pó da terra, orar fervorosamente com muita esperança, buscando a face do Senhor e converter-nos do nosso afastamento da vontade de Deus para as nossas vidas. Então, com certeza virá a “glória” de Deus.
FRUTOS DO AVIVAMENTO NOS ESTADOS UNIDOS
O Primeiro Grande Avivamento
Desde muito cedo, alguns entre os colonos norte americanos haviam insistido na importância para a vida cristã de uma experiência pessoal. Essa ênfase tomou maior ímpeto com uma série de acontecimentos que ocorreram a partir de 1734. Nessa época, apareceram em Northamton, Massachusetts, as primeiras manifestações do Grande Avivamento. O pastor dessa cidade era Jonathan Edwards, um calvinista convencido, formado na Universidade de Yale. Seus sermões não eram excepcionalmente emotivos, mas sim destacavam a necessidade de uma experiência de convicção do pecado e do perdão de Deus. As pessoas começavam a responder, alguns com demonstrações de profunda emoção, muitos com uma notável mudança de vida e com uma profunda devoção. Em pouco tempo, o movimento varreu a comarca e chegou até Connecticut. Logo as experiências extraordinárias se fizeram menos freqüentes e, após três anos haviam cessado por completo. Sempre ficou a recordação daquele avivamento e a esperança de que ressurgirá.
Pouco depois, Jorge Whitefild visitou a Nova Inglaterra. A sua pregação causou grande agitação e novas experiências de conversões, unidas a um profundo sentimento de arrependimento e de gozo. Ao mesmo tempo alguns pastores seguiam o seu exemplo e iam pregando de lugar em lugar, outros começaram a pregar em suas igrejas locais com uma nova unção, e se viu cenas extraordinárias, as pessoas arrependiam-se dos seus pecados em meio a lágrimas, davam gritos de entusiasmo pelo perdão alcançado e algumas até desmaiavam.
Por causa de tais experiências, seus inimigos acusaram o Grande Avivamento de destruir a solenidade do Culto divino e de colocar a emoção em lugar do estudo e da devoção.
Seus principais frutos foram:
· Impulsionou as grandes denominações para novas fronteiras, provendo os crentes dessas localidades de vida eclesiástica.
· Boa parte das principais denominações reteve o ideal de Avivamento, havia igrejas que promoviam anualmente “Cultos de Avivamento”.
· O Avivamento despertou o sentimento de unidade nas treze colônias, surgiram novas idéias com relação aos direitos humanos, que apresentaram para o cristianismo novos desafios e novos horizontes.
O Segundo Grande Avivamento
No fim do século XVIII começou na Nova Inglaterra um novo movimento avivalista, semelhante ao primeiro, com uma pequena diferença, no primeiro as pessoas valorizavam as experiências emotivas, agora neste avivamento as pessoas passaram a encarar a sua fé com mais seriedade, reformando seus costumes, para se ajustarem melhor as exigências da fé. A assistência aos cultos aumentou, fundaram-se dezenas de sociedades com o propósito de difundir a mensagem do Evangelho. Dentre elas, as mais importantes foram A Sociedade Bíblica Americana, fundada em 1816, e a Junta Americana de Comissionados para Missões Estrangeiras, fundada seis anos antes.
Outras sociedades surgidas como resultado daquele avivamento se dedicaram a diversas causas sociais, tais como a abolição da escravatura e a guerra contra o álcool.
Entretanto, o avivamento havia rompido as barreiras da Nova Inglaterra e das classes mais educadas, começando a abrir caminho entre as pessoas menos instruídas, muitas das quais se dirigiram para os novos territórios do oeste.
Algo que devemos destacar foi o avivamento de Cane Ridge, no estado de Kentucky, organizado pelo pastor presbiteriano da igreja local. Com o fim de despertar a fé dos habitantes da comarca, aquele pastor anunciou uma Grande Assembléia de Avivamento, ou Reunião de Acampamento. Ao Chegar o dia marcado, dezenas de milhares de pessoas se congregaram. Em uma região em que eram poucas as oportunidades para reunir-se e festejar, o anuncio daquele pastor atraiu toda classe de pessoas. Muitos foram por motivos religiosos. Outros foram para jogar e embriagar-se. Muitos não sabiam nem por que estavam indo. Além do pastor presbiteriano do lugar, havia outros pregadores batistas e metodistas.
Muitas pessoas foram alcançadas por este movimento, muitas conversões e mudança de costumes pela confrontação com o Evangelho.
As pregações eram apresentadas da forma mais simples possível, que era assimilada facilmente pelo povo daquele lugar.
RESULTADOS DE UM VERDADEIRO DESPERTAMENTO
O Primeiro Grande Avivamento
Desde muito cedo, alguns entre os colonos norte americanos haviam insistido na importância para a vida cristã de uma experiência pessoal. Essa ênfase tomou maior ímpeto com uma série de acontecimentos que ocorreram a partir de 1734. Nessa época, apareceram em Northamton, Massachusetts, as primeiras manifestações do Grande Avivamento. O pastor dessa cidade era Jonathan Edwards, um calvinista convencido, formado na Universidade de Yale. Seus sermões não eram excepcionalmente emotivos, mas sim destacavam a necessidade de uma experiência de convicção do pecado e do perdão de Deus. As pessoas começavam a responder, alguns com demonstrações de profunda emoção, muitos com uma notável mudança de vida e com uma profunda devoção. Em pouco tempo, o movimento varreu a comarca e chegou até Connecticut. Logo as experiências extraordinárias se fizeram menos freqüentes e, após três anos haviam cessado por completo. Sempre ficou a recordação daquele avivamento e a esperança de que ressurgirá.
Pouco depois, Jorge Whitefild visitou a Nova Inglaterra. A sua pregação causou grande agitação e novas experiências de conversões, unidas a um profundo sentimento de arrependimento e de gozo. Ao mesmo tempo alguns pastores seguiam o seu exemplo e iam pregando de lugar em lugar, outros começaram a pregar em suas igrejas locais com uma nova unção, e se viu cenas extraordinárias, as pessoas arrependiam-se dos seus pecados em meio a lágrimas, davam gritos de entusiasmo pelo perdão alcançado e algumas até desmaiavam.
Por causa de tais experiências, seus inimigos acusaram o Grande Avivamento de destruir a solenidade do Culto divino e de colocar a emoção em lugar do estudo e da devoção.
Seus principais frutos foram:
· Impulsionou as grandes denominações para novas fronteiras, provendo os crentes dessas localidades de vida eclesiástica.
· Boa parte das principais denominações reteve o ideal de Avivamento, havia igrejas que promoviam anualmente “Cultos de Avivamento”.
· O Avivamento despertou o sentimento de unidade nas treze colônias, surgiram novas idéias com relação aos direitos humanos, que apresentaram para o cristianismo novos desafios e novos horizontes.
O Segundo Grande Avivamento
No fim do século XVIII começou na Nova Inglaterra um novo movimento avivalista, semelhante ao primeiro, com uma pequena diferença, no primeiro as pessoas valorizavam as experiências emotivas, agora neste avivamento as pessoas passaram a encarar a sua fé com mais seriedade, reformando seus costumes, para se ajustarem melhor as exigências da fé. A assistência aos cultos aumentou, fundaram-se dezenas de sociedades com o propósito de difundir a mensagem do Evangelho. Dentre elas, as mais importantes foram A Sociedade Bíblica Americana, fundada em 1816, e a Junta Americana de Comissionados para Missões Estrangeiras, fundada seis anos antes.
Outras sociedades surgidas como resultado daquele avivamento se dedicaram a diversas causas sociais, tais como a abolição da escravatura e a guerra contra o álcool.
Entretanto, o avivamento havia rompido as barreiras da Nova Inglaterra e das classes mais educadas, começando a abrir caminho entre as pessoas menos instruídas, muitas das quais se dirigiram para os novos territórios do oeste.
Algo que devemos destacar foi o avivamento de Cane Ridge, no estado de Kentucky, organizado pelo pastor presbiteriano da igreja local. Com o fim de despertar a fé dos habitantes da comarca, aquele pastor anunciou uma Grande Assembléia de Avivamento, ou Reunião de Acampamento. Ao Chegar o dia marcado, dezenas de milhares de pessoas se congregaram. Em uma região em que eram poucas as oportunidades para reunir-se e festejar, o anuncio daquele pastor atraiu toda classe de pessoas. Muitos foram por motivos religiosos. Outros foram para jogar e embriagar-se. Muitos não sabiam nem por que estavam indo. Além do pastor presbiteriano do lugar, havia outros pregadores batistas e metodistas.
Muitas pessoas foram alcançadas por este movimento, muitas conversões e mudança de costumes pela confrontação com o Evangelho.
As pregações eram apresentadas da forma mais simples possível, que era assimilada facilmente pelo povo daquele lugar.
RESULTADOS DE UM VERDADEIRO DESPERTAMENTO
Quando falamos de avivamento ou despertamento, sempre vem à nossa mente a idéia de manifestações poderosas e visíveis do Senhor, sempre pensamos em Deus agindo de maneira grandiosa através do Seu Espírito Santo. Realmente, às vezes, o Senhor se revela de maneira poderosa e visível em nossas vidas. Mas isso nem sempre é assim. Às vezes, Deus também age de maneira diferente, e um despertamento pode se manifestar de maneira bem diversa. Quando acontece isso? Quando Deus decide deixar um despertamento acontecer em pequena escala, dentro da vida de uma só pessoa.
Avivamento significa em primeiro lugar que os crentes mornos, cansados, despertem para uma nova vida espiritual. Esse é quase sempre o início de um avivamento. Mas nós pensamos sempre em acontecimentos espetaculares quando falamos em avivamento e em despertamento. Entretanto, o acontecimento maior e mais espetacular é quando filhos de Deus que estavam mornos e cansados espiritualmente se tornam outra vez ardorosos pelo Senhor; quando em suas vidas começam a jorrar outra vez a Palavra de Deus.
O FALAR DE DEUS E O AVIVAMENTO
Nesse contexto, pensemos em Elias, que em sua vida nunca foi morno, mas experimentou um período de profundo desânimo espiritual. Justamente Elias precisava ser tocado pelo Senhor, e quanto ele necessitava outra vez voltar a Palavra de Deus de maneira bem pessoal! Deus proporcionou a Elias um novo encontro. Em 1 Reis 19.11a lemos sobre a maneira maravilhosa como o Senhor fez isso: "Disse-lhe Deus: Sai, e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor..." Em outras palavras: "Elias, prepare-se, pois quero me encontrar outra vez com você”.E então o Senhor vem. Mas como é que Deus se revela a Elias? O texto bíblico continua: “... e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo um cicio tranqüilo e suave. Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?" (1 Rs 19.11b-13). Quando Elias teve de ser confrontado outra vez, só havia um cicio suave e tranqüilo, e foi assim que o Senhor teve um novo encontro com Elias. Como era importante para o Senhor despertar e fortalecer Seu servo Elias de uma maneira renovada e bem pessoal! E isso aconteceu – no silêncio! E assim, todo e qualquer avivamento tem seu início bem no fundo do coração de cada pessoa, de uma maneira bem suave e bem individual.
O PADRÃO BÍBLICO DE AVIVAMENTO ESTÁ NA BÍBLIA
Os primórdios do avivamento bíblico aparecem em Gênesis. O que se pode chamar de "o grande despertamento geral" ocorreu nos dias de Sete, pouco depois do nascimento de seu filho Enos: "Então se começou a invocar o nome do Senhor" (Gn. 4.26). O nome Enos quer dizer fraco ou doente. O que é deveras significativo. Considerando o assassinato de Abel (Gn. 3.9-15) e o aparecimento cada vez mais forte de doenças na raça humana, o nome Enos era bastante adequado. "É provável que fosse um reflexo da consciência da depravação humana e da necessidade da graça divina". À parte desta indicação não existe nenhum outro relato de avivamento no princípio da história da raça humana. O relato subseqüente do dilúvio ilustra de modo dramático o que acontece com um povo que não se arrepende de seus pecados.
Depois temos os patriarcas que por vários séculos lideraram o povo de Deus. Sempre que a vitalidade espiritual do povo se desvanecia, eles agiam como a força que promovia novo vigor. O breve avivamento na casa de Jacó é um bom exemplo disso (Gn. 35.1-15). Mais tarde, sob a liderança de Moisés, há períodos empolgantes de refrigério, especialmente nos acontecimentos ligados à primeira páscoa (Ex 12.21-28), na outorga da lei do Senhor no Sinai (Ex 19.1-25; 24.1-8; 32.1-35.29) e no levantamento da serpente de bronze no monte Hor (Nm. 21.4-9).
No tempo de Josué um despertamento espiritual predominou em suas campanhas, como na travessia do rio Jordão (Js. 3.1-5.12) e na conquista de Ai (Js. 7.1-8.35). Mas quando terminaram as guerras e o povo se assentou para desfrutar os despojos da vitória, uma apatia espiritual se apoderou da nação. Sabendo que seu povo estava dividido, Josué reuniu as tribos de Israel, em Siquém, e exigiu que cada um escolhesse, de uma vez por todas, a quem servir (Js. 24.1-15). Um verdadeiro avivamento segue-se a esse desafio, prosseguindo durante "todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda viveram muito tempo depois de Josué, e sabiam toda a obra que o Senhor tinha feito a Israel" (Js. 24.31).
O período de trezentos anos de liderança dos juízes mostra os israelitas, de quando em quando, traindo o Senhor e servindo a outros deuses. O juízo de Deus é inevitável. Então, após longos anos de opressão, o povo se arrepende e clama ao Senhor (Jz. 3.9,15; 4.3; 6.6,7; 10.10). Em cada ocasião Deus responde as orações, enviando-lhes um libertador que liberta o povo na vitória contra os inimigos. Um dos maiores movimentos avivalistas aparece no final desse período, sob a direção de Samuel (I Sm 7.1-17).
Tempos de renovação ocorreram periodicamente no período dos reis. A marcha de Davi, entrando com a arca em Jerusalém, possui muitos ingredientes de um avivamento (2 Sm 6.12-23). A dedicação do templo, no início do reinado de Salomão, é outro grande exemplo (I Rs 8). O avivamento também chega a Judá nos dias de Asa (I Rs 15.9-15). E Josafá, outro rei de Judá, lidera uma reforma (I Rs 22.41-50), bem como o sacerdote Joiada (2 Rs 11.4-12.16). Outro poderoso despertamento é vivenciado na terra sob a liderança do rei Ezequias (2 Rs 18.1-8). Por fim, a descoberta do livro da lei, durante o reinado de Josias, dá início a um dos maiores avivamentos registrados na Bíblia (2 Rs 22,23; 2 Cr 34,35).
Ainda, sob a liderança de Zorobabel e Jesua, outra vez começa a reacender um novo avivamento (Ed 1.1-4.24). Tendo as intimidações dos inimigos induzido os judeus a interromperem a reconstrução do templo, os profetas Ageu e Zacarias entraram em cena para instigar o povo a prosseguir (Ed 5.1-6.22; Ag. 1.1-2.23; Zc. 1.1-21; 8.1-23). Setenta e cinco anos depois, com a chegada de outra expedição liderada por Esdras, novas reformas são iniciadas em Jerusalém, dando-se mais atenção à lei (Ed 7.1-10.44). O avivamento alcança o auge poucos anos depois, quando Neemias se apresenta para completar a construção dos muros de Jerusalém e estabelecer um governo teocrático (Ne. 1.1-13.31).
Uma oração por avivamento e a promessa de sua ocorrência encontramos também em Joel 2.28-32; Habacuque 2.14-3.19 e Malaquias 4.
No apogeu de um grande avivamento Jesus aparece e é batizado por João Batista. Escolhe e treina seus discípulos; ascende aos céus, deixando-os na expectativa de receberam a promessa do Espírito Santo (Lc 24.49-53; At 1.1-26). O poderoso derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugura o avivamento que Jesus havia predito (At 2.1-47). "Marca-se, assim, o início de uma nova era na história da redenção. Por três anos Jesus trabalhara na preparação desse dia – o dia em que a Igreja, discipulada por intermédio de seu exemplo, redimida por seu sangue, garantida por sua ressurreição, sairia em seu nome a proclamar o Evangelho” até os confins da terra (At 1.8) ““.
O livro de Atos registra a dimensão desse avivamento. Avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso. E de lá para cá, são muitos os relatos da obra vivificadora do Espírito Santo na história da igreja, como por exemplo, na Alemanha com a Reforma Protestante do século XVI, na Inglaterra no século XVIII, entre os negros Zulus da África do Sul na década de 60 e na Coréia do Sul nestes últimos tempos, dentre outros.
Que Deus derrame do seu Espírito sobre nós para que possamos, como igreja, experimentar mais uma vez daquele "fogo abrasador" que nos purifica e nos santifica para uma vida cristã de obediência à sua Palavra.
Se você quiser conviver com os espiritualmente mortos, logo estará morto também! Mas se você está no meio de pessoas espiritualmente mortas, e que querem ser ressuscitadas em Cristo, é certo que você ressuscitará também.
QUANDO O AVIVAMENTO É NECESSÁRIO?
A necessidade de avivamento é constante, pois sempre estaremos necessitando da atuação do Espírito Santo em nossas vidas. Mas há ocasiões, ou épocas em que o avivamento é mais urgente, pois pelo descuido de todos nós, vamos nos habituando com certas posições ou situações, como por exemplo: Quando há falta de amor fraternal, respeito e confiança cristã entre os irmãos; quando há divisões, ciúmes e fofocas entre irmãos; quando há o espírito do mundanismo; quando os membros da igreja em sua maioria estão incorrendo em imoralidades; quando há contendas e polêmicas no local onde a igreja se reúne; quando há perversidade no ato de disciplinar pessoas; quando há indiferença por parte dos incrédulos se mostrando indiferentes e insensíveis à mensagem do Evangelho.
A história da Igreja nos revela homens notáveis. Um deles é Ashbel Green, profundo conhecedor da Palavra, teólogo e com uma experiência profunda no avivalismo. Ele declarou: Eu diria que não considero que a mensagem em tempos de avivamento deva ser meramente exortativa e dirigida aos sentimentos, antes pelo contrário estou convicto de que deve ser proeminentemente doutrinária. Ela deve certamente ser viva, cheia de ternura, íntima e repleta de aplicação; porém, as doutrinas fundamentais do evangelho devem ser expostas com clareza, explicadas de forma bem simples, apresentadas com insistência. Deve haver um bom número do que eu chamaria de discursos discriminativos, em que se faça distinção nítida entre o evangelho e todas as falsificações. O perigo de se abraçar uma esperança falsa e nela descansar deve ser bem demonstrado. Não deve faltar aquilo a que chamamos, por excelência, a pregação do Evangelho, a inteira suficiência do Senhor Jesus Cristo para salvar mesmo o principal dos pecadores; sua prontidão em recebê-los quando O buscam com fé e num espírito contrito; sua prontidão em purificá-los em seu sangue expiador, revesti-los com sua perfeita justiça, santificá-los pelo Seu Espírito, adotá-los em sua família e coroá-los com eterna glória – tudo isso deve ser exposto de maneira clara e persuasiva. A verdadeira natureza da regeneração deve ser cuidadosamente explicada e ilustrada – a fé evangélica, o genuíno arrependimento, a nova vida de obediência. Deve ser freqüentemente destacado o perigo que representa toda a demora em aceitar a dádiva do Evangelho. Àqueles que permanecem na impiedade, deve-se lembrar muitas vezes o perigo de se estar adormecido e indiferente, quando outros estão ansiosos e apressando-se a entrar no Reino de Deus.
Charles G. Finney foi um dos maiores avivalistas que este mundo conheceu. Além de ser o instrumento de Deus para avivar várias regiões nos Estados Unidos, viveu na plenitude do Espírito, sendo que 80% das pessoas que se converteram debaixo de suas pregações permaneceram fiéis e servindo a Jesus em suas igrejas. Ele comenta largamente o assunto da mensagem avivalista:
As Escrituras atribuem a conversão do pecador a quatro agentes: aos homens, a Deus, à Verdade e ao próprio pecador. É surpreendente que os homens tenham deixado de observar essa distinção e tenham encarado a conversão como se fosse obra exclusiva de Deus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Avivamento Total – Caio Fábio – Editora Vinde.
- Avivamentos Que Avivam – Harold A. Fischer
- Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – R.N.
Champlin e J.M. Bentes – Editora Candeia.
- http://www.chamada.com.br/
- http://www.escoladominical.com.br/
- http://www.estudosbiblicos.com.br/
- http://www.evangélicos.com.br/
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